As exigências dos profissionais estão em constante mudança e, por isso, a adaptação dos negócios é imprescindível. Entre os tópicos mais debatidos e exigidos no mercado atual está a diversidade e inclusão (D&I). Entenda sua importância neste Minuto Carreira.
“Os programas de D&I são fundamentais em qualquer organização buscando prosperar. Quanto mais diversa e inclusiva, maiores oportunidades de criatividade e crescimento exponencial são gerados. Quando você tem um time com pessoas de origens, crenças e orientações sexuais diferentes e todas têm voz, essa variedade de população gera mais evolução. São ideias distintas com o mesmo objetivo: a prosperidade da corporação”, salienta Denis Lopes, superintendente do Saber. O avanço é indiscutível. Um estudo do Instituto Identidades do Brasil, apontou um aumento de até 5% na produtividade das empresas, após 10% de acréscimo na pluralidade étnico-racial e de gênero.
Criar uma partição específica com diretores nomeados para D&I é uma ideia válida. Grandes marcas como o Carrefour vem investindo nesse setor e implementando tolerância zero em relação a racismo e outras discriminações. Quando questionados sobre requisitos para engajamento dos funcionários, a ética e valores da companhia foram mencionados por 41% dos respondentes. 51% apontaram o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, 43% as chances de ascensão na carreira e 41% citaram, também, os benefícios. Contudo, ainda é necessário investir na variedade, inclusive na inserção de mulheres. No Brasil, por exemplo, entre 2010 e 2020, a participação feminina na indústria cresceu muito pouco, de 23,4% para 24,2% da força de trabalho total, conforme a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
É indispensável discutir a diferença entre diversidade e inclusão, partindo do princípio do primeiro termo se referir a formação de um quadro de funcionários, incluindo gente de vários lugares, formações, idades e outros aspectos já citados. Já o segundo se refere a execução dessa multiplicidade, ações tomadas para, de fato, inserir esses indivíduos nas atividades e dinâmicas de forma justa - orientando toda a equipe em coesão com os princípios de respeito e equidade. No caso das pessoas com deficiência, também é preciso repensar estruturas físicas de acordo com a acessibilidade na firma; em consonância, é válido pensar a distribuição da comunicação externa com legendas, descrições de imagem e Linguagem Brasileira de Sinais nos produtos de mídia.
Oferecer colocações amplas impacta o país como um todo, afinal, incentiva a troca de experiências entre colaboradores distintos, amplia as zonas de contratação e atuação, movimentando trabalhadores de outras regiões, por exemplo. Além disso, a competitividade nos nichos de mercado é aumentada. Por fim, para considerar uma reparação basal da falta de representatividade, é relevante trabalhar esse assunto desde as escolas, condicionando os futuros membros do mundo corporativo a pensarem sempre em soluções inovadoras e criativas. Um levantamento da Accenture verificou índices de criatividade seis vezes maiores em instituições mais inclusivas; a cultura de inovação chega a 600%, em comparação aos concorrentes com quadros mais homogêneos. Portanto, fica clara a importância desse investimento para promoção de bem-estar, integração e bons resultados.
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