Uma pesquisa feita pelo Nube - Estagiários e Aprendizes, entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, revelou as preferências dos estudantes na busca por um estágio. O resultado pode ser surpreendente, pois a remuneração não é mais uma prioridade. Saiba quais pontos são os mais importantes para quem procura uma vaga de estágio, neste Conexão Ilimitada.
Participaram do estudo 31.437 aspirantes, dos quais 35,68% priorizam colocações com perspectiva de contratação permanente e 33,54% são atraídos pelas atividades propostas. Apenas 10,22% consideram o valor da bolsa-auxílio. Essa resposta evidencia a importância de abrir oportunidades para realmente capacitar o estagiário. Em paralelo, a visão de futuro também reforça o combate à rotatividade de funcionários nessa modalidade - efetivar é um aspecto positivo para a corporação, até mesmo para contar com um profissional moldado à sua cultura desde o princípio.
“Além de simplesmente conseguir uma posição, esses jovens estão preocupados com o acompanhamento, programas de desenvolvimento, possibilidades de carreira e carteira assinada, para entender se faz sentido e se vale a pena dedicar aqueles meses ou anos naquela organização”, explica Julia Longo, gerente de pessoas na Escola Korú. Ainda de acordo com o Nube, entre 40% e 60% dos estagiários são efetivados. Não obstante, a oportunidade de progresso é valorizada por 34% dos membros da Geração Z, conforme levantamento da Deloitte.
Oferecer vantagens extras, excedendo aqueles previstos por lei, como auxílio refeição ou convênio médico, por exemplo, pode ser um grande destaque e um fator decisivo para muitos. Por isso, é imprescindível para as empresas descrever com precisão as funções a serem desempenhadas no cargo em oferta, articuladas com a área de estudo do candidato, em conformidade com a Lei de Estágios. Contar com a ajuda de um agente de integração pode facilitar esse processo, contribuindo para a estruturação da colocação e atração eficaz de perfis condizentes.
“Eles buscam, na verdade, uma oportunidade. Primeiramente, uma chance de aprender e se desenvolver para se tornarem profissionais. Em segundo lugar, um ensejo de evolução. Se a sua companhia proporcionar esses dois aspectos, ou seja, o admitido desempenhar funções e acrescentar conhecimento, seja prático, teórico ou técnico, relacionado a sua formação; isso já é um diferencial grande e atrativo. Se há a probabilidade de crescimento, isso também brilha os olhos, porque eles querem ter a opção de continuidade do seu aprendizado, tornando-se efetivos no negócio”, salienta Helenice Resende, gerente de recrutamento e seleção do Nube. Dessa forma, o ato educativo contribui para a inserção de jovens no mundo corporativo, facilitando o início de suas trajetórias em uma contratação consolidada.
Na prática, essas pessoas podem somar mais qualidade de vida na aquisição de hard skills, por meio dos direitos oferecidos pelos contratantes e as demandas desempenhadas no dia a dia. “Para mim, tanto a bolsa-auxílio, quanto a possibilidade de efetivação, as tarefas e benefícios são muito importantes, mas trabalhar com coisas as quais você se identifique, veja alguma motivação e ache interessante faz muita diferença. Gostar do trabalho e perceber algum retorno com aquilo é o mais relevante para mim”, declara Renata Andere, estagiária da Assine Bem.
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