Uma carreira internacional é o sonho de quem almeja não somente um crescimento pessoal, mas um enriquecimento cultural e maior valorização. No entanto, esse caminho, embora promissor, exige vários preparativos e, sobretudo, adaptações. Para discutir as principais etapas de uma trajetória fora do país, o jornalista Fábio Turci compartilha algumas dicas valiosas neste Minuto Carreira!
“O primeiríssimo requisito é dominar o idioma. Pode ser específico para aquele país onde se busca a vaga, como alemão, italiano, francês, por exemplo, ou pode ser a língua inglesa. Com ele, a gente se vira praticamente no mundo inteiro. O espanhol também abre muitas portas”, aponta o jornalista. Segundo a pesquisa anual “Futuro do Trabalho: onde estamos e para onde vamos”, 78% dos entrevistados tinham vontade de trabalhar remotamente para empregadores estrangeiros, um aumento significativo em relação ao ano anterior (diferença de 8 pontos percentuais).
Turci destaca a relevância da comunicação eficaz no nicho profissional. O domínio do idioma não só facilita a inserção no mercado, mas demonstra respeito e interesse pelo país de destino. Além do mais, o inglês, por ser amplamente utilizado em espaços corporativos no exterior, é um diferencial potente, permitindo entrar em multinacionais ou mesmo em países onde não é o linguajar nativo, mas aceito como idioma universal.
“É fundamental entender quais são os requisitos e habilidades exigidos para alguém ocupar aquela posição”, enfatiza Turci sobre a necessidade de se preparar para as exigências específicas da vaga desejada. Para isso, ele sugere uma abordagem proativa, onde o candidato deve se aprofundar no perfil exigido para a ocupação almejada. Isso inclui desde conhecimentos técnicos até competências comportamentais valorizadas pela firma. O aspirante deve estar ciente das expectativas e se premeditar para atendê-las da melhor forma possível.
Em quais setores posso tentar uma carreira internacional?
A área de tecnologia é mais aquecida para quem opta por atuar sem se mudar do Brasil, com destaque para a criação de softwares e aplicativos. Setores como design, marketing e comunicação também têm entrado no radar de contratantes internacionais. Para quem já tem um emprego, outra dica crucial compartilhada por Turci é a importância de se conectar com a gestão. “Para isso, é preciso ter uma conversa com a liderança. Esse momento cumpre outro objetivo: o de fazer a empresa saber da sua disposição por essas oportunidades e, então, te ajudar e guiar nesse desenvolvimento”, orienta.
Este ponto sublinha a necessidade de criar uma rede de contatos sólida dentro da organização. Estabelecer um relacionamento com líderes e gestores não apenas fornece uma visão clara dos anseios, mas permite mostrar a sua vontade de crescer dentro da companhia. Esse tipo de engajamento pode se tornar fundamental para ser lembrado em futuras oportunidades ou receber suporte, como treinamentos específicos ou indicações para vagas.
Porém, Turci faz um alerta importante sobre os possíveis obstáculos acompanhados por essa decisão. “Por fim, tenha em mente: morar em outro país traz uma série de desafios. A cultura é outra, os processos no dia a dia são diferentes , como, por exemplo, na hora de abrir uma conta no banco, alugar um imóvel, matricular o filho na escola. Também há a distância da família”, finaliza. Mudar-se para longe envolve muito mais, além da adaptação ao ambiente laboral. É necessário estar preparado para enfrentar os costumes, pois impactam desde os pequenos detalhes da rotina até questões mais complexas, como o sistema educacional ou o mercado imobiliário local. , a distância da família e dos amigos pode ser um fator desafiador, exigindo resiliência e uma boa rede de apoio, seja ela formada por outros expatriados ou por novas conexões.
Portanto, a busca por uma experiência global deve ser encarada com seriedade e planejamento. Desde a aquisição de capacitações linguísticas até a compreensão das demandas corporativas e dos novos costumes, cada etapa é essencial para o sucesso. É imprescindível ter uma perspectiva realista e prática das adversidades e recompensas de estar fora do Brasil.
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