Para promover a diversidade de maneira eficiente, é crucial começar com uma análise detalhada da atual conjuntura de um negócio. Formar um time múltiplo garante um fluxo de ideias, troca cultural e promoção de inovação muito mais potentes. Saiba como alcançar esse cenário com as dicas deste Minuto Carreira.
"O ponto de partida é entender o estágio da empresa nesses termos. Para isso, é importante fazer uma pesquisa, um censo, de forma a saber quantos colaboradores negros há, quantos são LGBTQIA+, pessoas com deficiência, indivíduos na faixa etária dos 50 anos para cima", explica o jornalista e podcaster no “Existo”, Fábio Turci. Esse levantamento inicial fornece uma base sólida para desenvolver estratégias direcionadas para melhorar a representatividade de grupos sub-representados. Segundo a Deloitte, 76% das grandes corporações no Brasil possuíam uma área dedicada à D&I ou práticas estabelecidas, 45% tinham comitês do assunto e 22% estabeleciam metas relacionadas para cargos de decisão.
Com os dados em mãos, a firma pode definir objetivos claros para a inserção de cada grupo. Eles precisam ser específicos, mensuráveis, atingíveis, relevantes e com prazo definido, seguindo o método Smart. Por exemplo, aumentar a porcentagem de gestão feminina em 20% nos próximos meses, ou dobrar o número de pessoas LGBTQIA+ até o final do ano. A definição de métricas realistas é primordial para monitorar seu progresso e ajustar os processos quando necessário.
No entanto, apenas essa mensuração não é o suficiente. É indispensável alinhar os valores e exigir um posicionamento de quem está nas posições mais altas. “É fundamental a liderança abraçar essa causa. Nada acontece sem o modelo e a cobrança de quem está em cima.", completa o especialista. A gestão deve ser proativa e visível em seu apoio à pluralidade. Isso inclui fomentar políticas inclusivas, participar de treinamentos e assegurar tudo isso como uma prioridade estratégica da companhia. Conforme a PwC, 63% das empresas tinham programas de mentoria para mulheres e 47% projetos de desenvolvimento para líderes pretos. Esse resultado pode se tornar ainda mais expressivo.
“Não é só uma questão de trazer pessoas diversas para dentro, é preciso criar um ambiente de respeito e acolhimento, para todo mundo ser exatamente quem é e, assim, entregar o seu melhor no trabalho.", finaliza Turci. Para isso, as organizações podem implementar várias iniciativas, como projetos de sensibilização e treinamento contínuo sobre preconceitos inconscientes e empatia. Essas atividades ajudam a construir um lugar onde todos se sintam valorizados e respeitados.
Além disso, regras claras contra discriminação são essenciais. Estabelecer canais abertos e seguros para reportar incidentes e preocupações sem medo de retaliação é imprescindível. Essa conduta deve ser acompanhada de ações concretas e respostas rápidas para garantir a confiança dos funcionários no tratamento das questões de intolerância. De acordo um mapeamento do Instituto Locomotiva, cerca de 55,6 milhões de brasileiros já sofreram assédio ou preconceito enquanto trabalhavam. Cerca de 70% desses casos não são relatados ao RH e, entre eles, 30% dos alvos dos ataques são não-hétero e 29% do sexo feminino.
A inclusão precisa estar em todos os processos
Essa transformação envolve a reformulação do recrutamento e seleção. Práticas de contratação enviesadas devem ser evitadas. Isso pode incluir a utilização de painéis de entrevistas diversos, revisão de descrições de oportunidades para eliminar linguagem excludente e o estabelecimento de parcerias com instituições promotoras da inclusão de minorias. A comunicação interna também desempenha um papel vital. Compartilhar histórias de sucesso, celebrar marcos importantes e manter um diálogo aberto sobre os desafios e progressos nesse âmbito consolidam um clima organizacional adequado.
Por fim, essa deve ser uma jornada contínua. Os procedimentos precisam ser revistos regularmente, aprendendo com as experiências e se adaptando às mudanças no meio corporativo e na sociedade em geral. Com uma abordagem comprometida e criteriosa, podemos não só atingir a diversidade, mas criar um espaço onde todos possam prosperar e crescer.
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