Muitas vezes a carreira nos coloca em situações desafiadoras, importantes para o nosso desenvolvimento. No entanto, esses momentos podem despertar muita aflição e é preciso lidar com esse sentimento para seguir em frente. O desafio pode ser ainda maior para quem está no início da trajetória. Entenda mais neste Minuto Carreira.
“Ansiedade é excesso de futuro. Muitos jovens, hoje, sofrem com isso; acordam já pensando como chegarão a um posto de sucesso, mas ainda nem saíram dos bancos escolares; ou então, como vão conseguir uma boa nota, se nem estudaram. Portanto, respire, se você frear seus pensamentos e se colocar no presente, você vai viver o agora, onde tudo acontece”, aponta Carla Brandão, jornalista e palestrante. A Gallup entrevistou pessoas, entre 15 e 24 anos de idade, sobre suas expectativas para os próximos anos. Apenas 31% se consideram otimistas; no ranking geral, o Brasil ficou em penúltimo lugar nessa relação.
Conforme pesquisa global feita pela McKinsey, no Brasil, 30% da Geração Z afirma ter uma saúde mental muito ruim. Com isso, evidencia-se ainda mais a necessidade de incentivar ações de autocuidado e desmistificar o acesso à ajuda especializada. Também é imprescindível orientar as gestões para zelar tanto pela saúde dos atuais colaboradores - pais dos futuros ocupantes das corporações - quanto dos próximos profissionais. Oferecer benefícios médicos ou programas de apoio psicológico é extremamente relevante. Esses investimentos são o único caminho para manter a perspectiva do mercado de trabalho ao alcance, centralizando o cuidado com as pessoas e sustentando uma cultura de empatia e bem estar.
“Você pode ampliar o seu cardápio de interesses, ao invés de ficar o dia inteiro em um único lugar, como no celular. Pode variar lendo um livro, vendo uma coisa diferente no cinema ou em outras ocasiões, como conversando com gente mais velha. Busque músicas para se inspirar e procure se interconectar. Portanto, a inquietação exige a tomada de rédea da sua mente, para dizer a ela quem manda: você”, completa Carla. Cultivar um hobby contribui para a manutenção de um estado emocional tranquilo, além de estimular a criatividade e senso de inovação, indispensáveis na vida laboral.
Por fim, para atrair e reter mais talentos, as organizações precisam se atentar à satisfação dos contratados e estabelecer um clima organizacional positivo. Conforme levantamento da Opinion Box, 79% dos brasileiros já sofreram ou sofrem com alguma questão relacionada. As mulheres são as mais afetadas (86%), em relação aos homens (73%). No geral, 73% das pessoas acreditam na preocupação dos decisores acerca do assunto e somente 44% se sentem confortáveis para abordar esse tema no meio corporativo. Esses resultados refletem como, apesar de ser um debate em ascensão, as companhias ainda não operarem da melhor maneira nesse aspecto.
Para quem está do outro lado e precisa administrar a angústia, é essencial buscar um local acolhedor mas, também, investir em autoconhecimento e resiliência para enfrentar os impasses. A inteligência emocional contribui para a gestão dos sentimentos, controle de reações, automotivação e até mesmo visão estratégica frente a um problema.
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