O significado de decisão é: a resolução tomada após uma análise, sentença ou juízo. Apesar da definição se resumir em poucas palavras, o ato é complexo. Por conta da dificuldade existente, a ficção, dos romances e filmes, explora o tema ao mergulhar os personagens em dilemas conflituosos. Na realidade, a situação se complica mais, por se tratar do futuro próprio ou de outro. Consequência disso são milhares, entre opções boas e ruins. Nesse sentido, o indivíduo se encontra muitas vezes inseguro e, portanto, realizar um veredito com mais conhecimento é aliviador.
Na voz do especialista
Para auxiliar nesse processo, Uranio Bonoldi, autor do livro “Decisões de Alto Impacto”, comenta dicas e explicações sobre o tema.
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Emocional nas decisões
Em primeiro lugar, Bonoldi comenta o porquê é tão difícil, em certas ocasiões, escolher. “Pelo fato de usarmos a emoção, em detrimento da razão, acabamos nos esquecendo do autoconhecimento e valores”, explica o escritor. Ou seja, para ter argumentos sólidos, o lógico e fundamentado ganham mais peso, se comparados ao sentimental e espontâneo. Dessa forma, é possível visualizar as alternativas com mais confiabilidade.
Uma das sensações guias das nossas ações é o medo. “Por que nós buscamos guardar dinheiro para manter alguma economia, ou por que buscamos comida, por exemplo? Fazemos isso por conta do receio de não possuir dinheiro ou algo para comer”, indaga Bonoldi. Portanto, essas determinações não são realizadas pela reflexão. Para o autor, a compreensão de si nos trás as respostas para entender o real motivo das coisas. Assim, conseguimos enfrentar o temor e usar o intelecto.
O agravante mais comum é, chamado por Bonoldi, a “síndrome maria vai com as outras”. Nesse caso, o sujeito se isenta de tomar ações por si próprio. Para o literato, “o motivo da hesitação da pessoa é o receio da rejeição. Uma vez aceito por todo mundo, contrariar vários é angustiante”. Ademais, é necessário analisar e portar a capacidade de distinguir se foi escolhido ou seguido. Para ilustrar a tese: quem acompanha sempre está atrás dos outros. Logo, com a ponderação dos ideais e percepções, é possível decidir com consciência.
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Responsabilidade sobre os erros
Com frequência, as pessoas não tomam autoria dos deslizes cometidos. Além disso, apontam o dedo para outras, querendo fugir de alguma advertência. Entretanto, esse tipo de atitude é ruim para todos, inclusive ao culpado. Admitir o erro é de grande importância.
Sartre, filósofo existencialista, defende a seguinte ideia: não importa as ações da vida em você, mas sim a sua resposta a cada uma delas. Em síntese, o interessante está na sua reação aos acontecimentos. Para Bonoldi, isso serve de lição para os descuidos feitos: “quando não acertamos, devemos assumir a situação e se aprimorar para não ocorrer mais isso”.
Dessa forma, é primordial a identificação dos desfechos não positivos. Por exemplo, quando Ayrton Senna era piloto de kart, ele sempre treinava com a pista seca. Porém, em sua primeira corrida, o estado da pista não estava favorável, pois ela se encontrava molhada pela chuva. Em razão disso, Senna não obteve bons resultados nessa competição. O futuro piloto de Fórmula 1 teve, como aprendizado, o reconhecimento do erro e passou a treinar várias vezes debaixo do temporal. Tempos depois, o competidor brasileiro conquistou vários prêmios nessas condições.
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Quais as origens e consequências.
Outro ponto relevante é refletir quais motivos originaram a necessidade de uma decisão. Geralmente, acontece de ficarmos presos em escolher alguma via e nos esquecemos de pensar no surgimento desse impasse. O escritor de “Decisões de Alto Impacto” sugere a análise da raiz da questão. Ao entender a causa, porque a levamos em consideração, chegar em uma definição fica mais elucidada e com determinação.
Durante esse processo, Bonoldi cita outros pensamentos essenciais para levar em conta. Verificar também em qual caminho estou avaliando: no meu ser ou no ter. No primeiro caso, é posto em respeito os valores defendidos. Já no outro, o caráter é posto de lado e pode associá-lo à ganância na carreira profissional. Dessa maneira, o autor comenta: “quando há como visão a produtividade de um time, por meio dos valores gerados pelo líder, a equipe consegue obter bons resultados”.
Atrelado a isso, para conduzir com êxito seus colaboradores, é preciso possuir em mente quem se beneficiará. Por ser também um gestor de pessoas, favorecer o maior número de sujeitos é o objetivo. Nesse sentido, o contrário desse ideal pode associar ao desenvolvido no “ser x ter”, comentado anteriormente. “O bom chefe conquista pelos princípios defendidos e não pela autoridade imposta”, conclui Bonoldi.
Apesar desse desenvolvimento direcionar-se bastante aos outros, para chegar em uma certeza, ela deve confortar o autor da escolha. Ponderar pelo melhor para todos os envolvidos é a chave para o alcance do objetivo. Realizar algo desconfortável é, em grande parte, adverso às convicções pessoais.
Por fim, se durante o desenvolvimento da tomada de uma escolha houve a preocupação sobre o surgimento da questão e uso da racionalidade, a resposta estará consolidada e estruturada. Ademais, a aceitação e resolução de erros, o autoconhecimento e a busca voltada para agradar ao maior número de envolvidos também auxiliam nessa jornada.
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