A tecnologia avança cada vez mais em todos os setores da sociedade e no RH não é diferente. A evolução dos Recursos Humanos fez o setor, antes ocupado somente com tarefas burocráticas, controle de ponto, admissões e demissões, assumir uma postura de protagonismo nas organizações, graças à automatização da área.
O departamento está ligado à Segunda Revolução Industrial, entre o fim do século XIX e início do século XX. Inicialmente, chamava-se “Relações Industriais”, pois sua atividade era mais presente nas fábricas. Nesse primeiro momento, não havia preocupação com a saúde e o bem-estar do colaborador. Além disso, eles eram vistos apenas como mão de obra.
Inclusive, a teoria da administração científica (Taylorismo) desenvolvida pelo engenheiro norte-americano Frederick Taylor, considerado o precursor desse tipo de estudo, buscava a racionalização do trabalho no nível operacional, ou seja, o foco era no empregado. Apesar de apresentar como vantagens a produtividade e a eficiência, não levava em consideração as necessidades sociais do pessoal.
Entretanto, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, a maior parte dos países industrializados passou a ter uma condição coletiva de pleno emprego. O cenário otimista garantiu avanços para a vida dos operários e esse foi o início da evolução do RH.
Assim, ele deixou de focar na adequação dos trabalhadores à empresa e passou a se preocupar em oferecer benefícios aos admitidos e também buscar formas de motivá-los e engajá-los. Dessa maneira, aumentando a produtividade e trazendo os melhores resultados para a instituição.
Além disso, nessa mesma época, surgiram novas teorias administrativas, como a pirâmide de necessidades de Maslow e a Teoria das Relações Humanas. Esse e outros estudos trouxeram novas perspectivas para a área. Assim, o setor de RH passou a ter uma abordagem mais voltada aos contratados.
Na voz do especialista
O palestrante internacional, Alexandre Slivnik, é especialista em encantamento de clientes e ressalta a importância de ter uma equipe altamente motivada, engajada e com senso de propósito para entregar os melhores resultados em todas as frentes do negócio.
Para ele, o cliente só estará feliz se os colaboradores igualmente estiverem. Em suas palavras: "cuidar do capital humano, oferecer melhores condições de serviço e pensar em ações para melhorar o bem estar dos funcionários consegue promover resultados extraordinários, não só de satisfação, mas de lucratividade".
Dicas especiais
O blog da Gympass fez um levantamento com algumas dicas úteis para promover a felicidade no ambiente de trabalho e alavancar a gestão. Confira a seguir:
1. Ofereça um ambiente de trabalho adequado
É essencial fornecer recursos e equipamentos adequados para a execução de qualquer tarefa. De modo geral, as condições necessárias abrangem estruturas, procedimentos, ferramentas de segurança, iluminação, temperatura, sonoridade, ventilação, alocação, higiene e ergonomia.
Além disso, é possível incrementar o espaço de atividades oferecendo mais conforto e oportunidade de socialização aos membros. Por exemplo, criar espaços de convivência e locais para descanso. Iniciativas assim aumentam a sensação de bem-estar durante o dia a dia.
2. Estimule a realização de atividade física
Não vem de hoje a recomendação médica para adoção da prática de atividades físicas na rotina de qualquer pessoa, principalmente por conta dos inúmeros benefícios para o corpo, entre eles o combate ao sedentarismo, estresse e ansiedade.
Por isso, existem vários modos para a companhia oferecer esse estímulo. Pode-se promover programas dentro de suas dependências a partir da contratação de profissionais especializados ou até patrocinar o desenvolvimento de atividades, como passeios de bicicleta e caminhadas, e oferecer como um benefício.
3. Cuide do clima organizacional
Os fatores envolvidos no clima organizacional — ou seja, a forma como o funcionário percebe o local onde exerce funções — também são fundamentais para o estabelecimento do bem-estar. Esses dados podem ser obtidos por meio da aplicação de questionários, realização de entrevistas individuais ou reuniões de equipe.
A partir da coleta, a gerência pode traçar um panorama especificando os seus pontos negativos e positivos. Com base nas informações obtidas, parte-se para a avaliação das ações possíveis de serem feitas para atender as necessidades e anseios do time. Depois disso, pode ser dado um retorno aos integrantes e as estratégias definidas para implementação.
4. Adote a flexibilidade
Posturas corporativas muito rígidas tendem a deixar a atmosfera mais pesada e a contribuir para a desmotivação do grupo, isso acontece por duas razões principais. Primeiro, porque o assalariado se sente constantemente pressionado pelas práticas rigorosas impostas. Segundo, em virtude de o empregado não ficar à vontade para realizar seus afazeres.
A adoção de perspectivas mais flexíveis para o cumprimento de horário, estabelecimento de prazos e a execução de tarefas tende a ser uma estratégia bastante produtiva para a comodidade. Esse tipo de postura aumenta a proximidade entre corporação e pessoal, causando o efeito de "vestir a camisa".
Considerações finais
Cada vez mais sociedades estão repensando e reestruturando os pacotes de benefícios e desenvolvimento dos colaboradores. Em uma recente pesquisa da Deloitte sobre a tendências Globais de Capital Humano, 43% das instituições afirmaram a eficácia dos programas em otimizar a qualidade de vida e reforçar a missão e os valores empresariais, 60% acreditam no poder de tais práticas para reter talentos, e 61% pontuaram também a melhoria da produtividade e dos resultados financeiros.
As entidades, em geral, estão se reposicionando, estimuladas por novas demandas, automação e tecnologia. Além de contribuir para o aumento da produtividade, o bem-estar no trabalho é uma tendência mundial capaz de conferir maior competitividade aos estabelecimentos adeptos. Inclusive, os estagiários e aprendizes não podem ficar de fora e devem ser integrados.
Agora, você já entendeu porque é tão essencial cuidar do bem estar do quadro de funcionários de qualquer firma. As pessoas são a alma do negócio e como disse Idalberto Chiavenato, especialista em Administração e grande referência nos Recursos Humanos, para ter sucesso a organização precisa investir em seu público interno, pois esse é o principal responsável pelo seu crescimento.
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