Ao adentrar o mundo profissional nos deparamos com diversas situações as quais desafiam nosso senso ético e moral. Portanto, a capacidade de refletir criticamente sobre algo é imprescindível para evoluir não só na carreira, mas também como ser humano.
Essa capacidade pode, inclusive, ser considerada um diferencial em processos seletivos. O pensamento crítico na filosofia foi explorado principalmente com a escola cética cujo maior representante foi Pirro de Élis (século IV a.C). O cerne do pensamento de Pirro era a atitude de não poder afirmar se algo é bom ou mau, pois para ele tudo dependia das convenções e dos costumes.
Pensar de forma crítica exige afastar crenças pessoais para analisar um problema ou questão. Comumente, é conhecido como aquela característica de quem consegue enxergar algo como se estivesse vendo “de fora”. Falando de maneira simplória, trata-se de deixar emoções de lado e focar racionalmente no assunto. Para o Psicólogo, Rafael Rodrigues, nós podemos desenvolver esse aspecto na arte, teatro, cinema e na cultura em geral, pois ter repertório é fundamental para opinar sobre algo.
A empatia, é um termo muito bem vindo para exploração desse tema. Trata-se da capacidade psicológica em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar, de forma objetiva e racional, estar no lugar do outro. Essa percepção leva as pessoas a ajudarem umas às outras e está intimamente ligada ao altruísmo, por sua vez, relacionado ao amor, interesse pelo próximo e à capacidade de ajudar.
Veja algumas das principais habilidades, quando falamos de pensamento crítico, listadas pela Fundação Instituto de Administração (FIA):
- Capacidade de observação
Corresponde à concentração para apreender os detalhes das situações por meio dos nossos sentidos – audição, visão, olfato, gustação e tato. Quem investe no pensamento crítico reconhece a importância de observar o cenário para captar elementos sutis, muitas vezes capazes de fazer a diferença em sua análise.
- Foco
Não basta observar. É preciso atenção para obter detalhes relevantes sobre um cenário. Ter foco exige dedicação do pensador. É preciso selecionar o mais valioso para se concentrar.
- Curiosidade
A curiosidade pode ser definida como a sede de saber. Está relacionada ao inconformismo e à formulação de perguntas com frequência, levando ao questionamento da realidade e, em alguns casos, a soluções inovadoras.
- Empatia
Sabe aquelas famosas expressões: “calçar os sapatos alguém”, ou “enxergar o mundo pelos olhos de outra pessoa”?. Ambas servem para definir a empatia, habilidade de se colocar no lugar do próximo para compreender melhor seus desejos e necessidades.
- Criatividade
Ingrediente essencial para a inovação, a criatividade costuma se manifestar com mais facilidade àqueles praticantes do pensamento crítico. Faz sentido, pois eles passam mais tempo observando e refletindo sobre diversas situações e isso fornece alimento ao seu repertório. Também estão convencidos sobre a existência de caminhos a descobrir, sendo motivados pela busca por novas – e criativas – respostas.
- Autoconhecimento
É preciso deixar os preconceitos e crenças de lado para pensar de modo crítico. E, para fazer isso, devemos nos conhecer, identificando as ideias pré-concebidas e mantendo a mente aberta, concorda? Portanto, o autoconhecimento é uma das chaves para estimular o pensamento crítico.
- Autonomia
A autonomia faz referência à independência, ao atributo de tomar as decisões por si mesmo, sem ficar esperando um direcionamento. No modelo empresarial antigo, essa característica não era muito valorizada pelos gestores, mas esse quadro mudou.
A dinâmica atual, pautada por um mundo digital, fragmentado e em constante mudança, pede por profissionais arrojados, capazes de assumir o controle de suas tarefas e propor formas melhores de execução.
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