Cada vez mais perceptível, nos últimos anos temos visto o envelhecimento sendo tratado como um problema tanto econômico quanto social, no mundo todo. Quando olhamos para os países desenvolvidos, isso fica evidente ao analisarmos o déficit de população economicamente ativa, como os estagiários, aprendizes e efetivos. Assim, a necessidade de assistência às pessoas idosas é grande. Sendo assim, descubra quem é a nova juventude no mercado.
Os anos se passam e os jovens continuam como a esperança do futuro
Consoante à Carmen Hornick, mestre em Estudos de Linguagem pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), membro da Comissão de Direito Sistêmico da OAB/MT e autora do livro “Como viver sem coitadisse”, pela Literare Books International, é preciso apreciar a trajetória. “Durante nossos anos verdes, juntamente com a alteração de nossas características físicas, peculiares de cada fase da vida, vamos mudando de estágios e, em cada um deles, portas vão se abrindo, caminhos vão aparecendo e, preparados ou não, precisamos fazer escolhas”, afirma.
Segundo um levantamento divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população economicamente ativa, ou seja entre 17 e 70 anos, vem apresentando um aumento constante desde a década de 90. Apesar de encararmos o envelhecimento como um problema, inclusive estrutural, pois não estamos adaptados a flexibilizar o ganho de idade, é possível notar um grande avanço quando falamos da valorização das vivências, longevidade e aumento da expectativa de vida.
Isso impacta em diversos aspectos e o mercado de trabalho é um grande vilão nessa história. “Até pouco tempo atrás, a experiência era facilmente descartada para a jovialidade nos recrutamentos. O preconceito e a descriminação tomavam conta dos departamentos responsáveis pelas contratações e afastava cada vez mais as pessoas com mais idade. Contudo, isso tem mudado”, comenta Renata Ankowski, graduada em administração de empresas e COO (Chief Operating Officer) da MCM Band Experience.
Ainda conforme dados do IBGE, em 2012, a porcentagem de indivíduos com 60 anos ou mais ativos era de apenas 5,9%. Já em 2018, o índice aumentou para 7,2%. “A atuação dos profissionais seniores está em crescimento graças ao entendimento da própria capacidade e da força de trabalho experiente. A intolerância é movida pela desinformação, mesmo o fator etário estando associado à sabedoria, por muito tempo o ‘envelhecimento’ foi tratado como fragilidade e falta de autonomia”, expõe Renata.
“O tempo, como grande amigo observador e cuidador de tudo feito, vai passando, em seu ritmo paciencioso, e fazendo as suas entregas. Escolhemos a profissão, o trabalho, casamo-nos, temos filhos, divorciamo-nos... ou decidimos não fazer nada disso, isso também é uma escolha! Na maioria das decisões tomadas, imperam os modelos já construídos, levando a uma certa continuidade de padrões familiares ou ao rompimento com eles”, ressalta Carmen. Assim, o meio empresarial impacta milhares de cidadãos na hora de desenvolver suas jornadas.
Há oportunidades no mercado de trabalho para todos, basta procurar e estar sempre atento!
Dessa forma, com a quebra do estigma da velhice, houve uma elevação também no movimento corporativo para abrir vagas afirmativas para esse grupo. Isso representa um chamado e uma necessidade de renovação de mentalidade, para se focar ainda mais na inclusão de pessoas diferentes, valorizando os conhecimentos prévios e oferecendo novas oportunidades. Dessa forma, essa comunidade poderá se sentir útil e continuar realizando tarefas.
Em geral, a questão da juventude está atrelada à criatividade e ao desejo de aprender, com energia e comprometimento de sobra. “Tornou-se comum vermos pessoas com mais idade sendo arrimo de família, começando novos cursos, optando por outra área de atuação, aprendendo coisas diferentes e ficando economicamente ativas por muito mais tempo”, observa a COO da MCM Brand Experience.
Nesse contexto, fica cada vez mais difícil ver um profissional por muito tempo na mesma instituição. Assim como eram os Baby Boomer, nascidos de 1940 a 1960, os quais mantinham o mesmo emprego por toda a vida. “Porém, com o aumento da expectativa de vida relacionado ao Índice de Desenvolvimento Humano, foi permitido ao ser humano se reinventar, mudar e recomeçar quantas vezes for necessário”, evidencia a especialista.
Além disso, de acordo com o relatório “Protegendo o Futuro do Trabalho”, realizado pela Kaspersky, 53% dos brasileiros querem mudar de carreira em 2022. Dentre eles, 50% desejam um equilíbrio entre a vida laboral e pessoal. Outros 49% anseiam por um salário mais alto, já 31% buscam por uma função mais significativa. Para quem está em transição de área, aproveitar o estágio pode ser um diferencial para saber se realmente o desejo do novo segmento é verdadeiro. Inclusive, nosso Painel de Vagas está recheado de oportunidades. Acesse e encontre a ideal para você!
Quais lições alguém experiente leva do desenrolar da vida, tanto pessoal quanto profissional?
Para a autora do livro “Como viver sem coitadisse”, é preciso investir em autoconhecimento. “Em algum ponto da vida, nos olhamos no espelho e já não encontramos mais aquele “ar” de frescor da juventude. Então, em algum período, aparece o desânimo, a solidão, o questionamento e a sensação gelada de coisas perdidas na jornada”. Para exemplificar, ela salienta aquele sentimento de ter esquecido algo em casa quando se vai fazer uma grande viagem.
“Há dias nos quais essa emoção se torna presente e toma conta. Este é o sinal, chegou o tempo de pausa, de conversar com você mesmo. A vida te chama para o grande momento, é quando mais uma porta se abre e, desta vez, com a maturidade, com o seu eu adulto, é possível refletir sobre dois pontos fundamentais”, comenta. Assim, a especialista elenca:
1- Esteja atento aos seus planejamentos:
“No decorrer da vida, apenas executamos o planejado, mesmo inconscientemente. Há comprovação científica, escolhemos nosso roteiro de vida até os 7 anos de idade”, aponta. Assim, gostando ou não do resultado, fomos nós os responsáveis por construí-lo dessa maneira, mesmo sem ter consciência disso.
2- Não temos certeza de nada na vida:
“Ao observar a vida sob uma perspectiva mais ampla, só somos completos com a morte. Isso significa uma vitalidade, se estamos vivos, ainda há tempo para fazermos nossos desejos sem nos limitarmos ao julgamento dos outros, sejam eles nossa família, amigos, comunidade religiosa, profissional ou acadêmica”, exclama a expert. Ou seja, nunca é tarde demais para nada.
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