Os nascidos a partir de 2001, a conhecida Geração Z, representam 23% dos cidadãos brasileiros, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esses jovens representam 23 milhões de postos atualmente, entre estagiários, aprendizes e efetivos. Em geral, são ambientados com a tecnologia, preocupados com a sustentabilidade e levam as próprias ambições muito a sério. Por isso, entenda mais sobre esse comportamento refletido nos hábitos de consumo e nas projeções de carreira.
A Geração Z traz mais desafios ou oportunidades para o mercado de trabalho?
Para o consultor de carreira e negócios da ESIC (Business & Marketing School), Alexandre Weiler, entender as características desse grupo é fundamental para as empresas conhecerem seu público-alvo. Assim, será possível criar um cenário promissor de oportunidades, estimulando o crescimento dos envolvidos. “Essa geração assusta muitos gestores e empresários de outras épocas, porém eles procuram mais espaço para desenvolver suas ideias, aproveitando os recursos digitais existentes”.
De acordo com uma pesquisa realizada pela ThoughtExchange, 34% dos indivíduos dessa comunidade têm planos de permanecer nas companhias por pelo menos cinco anos e 28% planejam ficar por tempo indeterminado. “Existem pontos bem claros nas buscas da Geração Z quando o assunto é trabalho. Essas questões devem ser consideradas pelos empregadores e, muitas vezes, podem ajudar a instituição a ser ainda melhor, como clareza nos propósitos, ambiente para a inovação, fortalecimento da cultura do feedbacks e uma gestão mais horizontalizada, oferecendo mais voz aos colaboradores”, pontua Weiler.
O desafio é entender como encaixar as expectativas dessas pessoas com os procedimentos organizacionais já existentes. “É uma experiência entre gerações e ambas têm muito a aprender uma com a outra”, conta Weiler. Principalmente para aprimorar o escritório, tendo em vista aos conhecimentos atualizados e o estímulo à diversidade. “Estão mais conectados com o bem-estar e a saúde mental e buscam reconhecimento pelos esforços, flexibilidade nas jornadas e uma comunicação mais assertiva”, explica.
Como tornar o ambiente de trabalho mais favorável para a Geração Z e evitar as demissões silenciosas?
Outro ponto de atenção é a demissão silenciosa, ou quit quitting em inglês, pois esse grupo é reconhecido por não ter medo de agir dessa forma. “Diferente de alguns anos atrás, hoje o mercado não é ditado apenas pelos empreendimentos, esses cooperadores têm uma grande capacidade para a inovação, pois são estimulados para criatividade e tem acesso a mais conhecimento desde a infância. Então, se as marcas querem absorver o melhor dessa força, elas precisam estar à altura”, explica o consultor de carreira e negócios da ESIC.
Sendo assim, para atrair e reter esses talentos, uma boa solução é fortalecer a tecnologia e harmonizá-la com o lado mais humano das organizações. “Uma boa solução é manter esses profissionais engajados em torno de objetivos realmente inspiradores, muni-los com dados e metas desafiadoras, investir em plataformas de gestão para automatizar tarefas corriqueiras e repetitivas, além de melhorar processos”, ressalta Weiler.
Nesse contexto, um bom exemplo é a assinatura digital. Com sua popularização na pandemia, corporações de diferentes segmentos e tamanhos adotaram esse mecanismo para otimizar suas metodologias, tendo em vista a facilidade de criar um documento, adicionar os signatários e enviá-los. Com a Assine Bem, é possível encaminhar os relatórios por intermédio de notificações, seja por SMS, e-mail ou WhatsApp. Assim, o usuário assina de onde quiser e quando for mais conveniente, por celular, tablet ou computador.
Dessa forma, os resultados são colhidos tanto na receita quanto na produtividade. “Isso impulsiona a visão de oportunidades de crescimento, de um espaço para transparência e iniciativas para contribuir com a organização”, finaliza Weiler. Para ele, algumas características se destacam, entre elas: são mais digitais, sociais, realistas, empreendedores e intraempreendedores, gostam de ser valorizados, de explorar e desenvolver várias habilidades ao mesmo tempo e querem líderes realmente preocupados com sua evolução.
Para os integrantes, uma recomendação é sempre buscar aprimorar tais aptidões listadas ao máximo, aprendendo e integrando com competências já associadas a outros períodos, como as hard skills. Afinal, as entidades estão procurando funcionários completos, com capacidade de engajar e apresentar resultados inovadores. Por isso, esteja atento!
Como liderar a Geração Z para sempre apresentar os melhores resultados enquanto são motivados?
Para corroborar com as métricas, conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), a Gen Z, atualmente, representa a maior geração do planeta, com 32% da população mundial. Esse crescimento tem sido desafiador para os gestores, com o intuito de motivá-los a sempre entregar o melhor. “Os principais desafios de liderá-los estão estreitamente ligados ao conflito, seja de valores, comportamentos, criação familiar ou experiências profissionais”, aponta Vandson Cunha, sócio e diretor da Bematize.
Para ele, as instituições devem observar de forma otimista, não como um embate. “Com essa chegada, é preciso investir em uma adaptação não só no ambiente laboral, mas também na gestão de talentos. Essas pessoas podem agir de forma diferente dos profissionais de outras gerações e com necessidades distintas. Trabalhando juntos, no entanto, podem tornar tudo mais dinâmico e produtivo”, complementa.
Como forma de ajudar os coordenadores na busca de ações efetivas, o especialista reuniu algumas estratégias. Confira:
1) Cultive o hábito do feedback:
O feedback busca compreender as habilidades e dificuldades dos colaboradores, assim como para mantê-los motivados. “Ele funciona como uma bússola para orientar na hora de desenvolver suas atividades”, comenta Cunha.
2) Estabeleça metas e desafie a Geração Z:
O alinhamento de metas é um recurso muito utilizado para transformar a missão em um sucesso. Segundo Cunha, é essencial ter os intuitos bem definidos, pois, do contrário, ficará difícil mensurar o desempenho e a produtividade da companhia. “Quando o cooperador não sabe qual é o objetivo dele, acaba perdendo o comprometimento", afirma.
3) Ofereça um bom plano de benefícios:
Para motivar e reconhecer, é necessário oferecer um bom plano de benefícios. Para Cunha, eles servem como uma forma de engajar a produtividade e reter novos integrantes, com possibilidades de combinar ganhos flexíveis.
4) Saiba ouvi-los:
De acordo com o sócio e diretor da Bematize, o segredo para manter uma boa relação é saber ouvi-los e entender as suas necessidades. “Essa geração valoriza bastante isso”, pontua. Portanto, busque entender seus pensamentos e opiniões, dê espaço para oferecerem sugestões.
5) Use a tecnologia ao seu favor:
As novas tecnologias de comunicação desencadearam mudanças no cotidiano, como o uso de aplicativos para facilitar o processo organizacional e o impulsionamento do rendimento. Assim, cada vez mais o mercado valoriza quem entende dos novos softwares, assim como as corporações.
Por fim, para sempre ficar por dentro das tendências e novidades da dimensão empresarial, o Nube é seu aliado! Conte conosco!
