Para contratar e reter os melhores profissionais, as empresas precisam ir além de oferecer bons salários e uma ambiente de trabalho adequado. Assim, é necessário dispor de vantagens condizentes com as tarefas e os desejos dos contratados. Vales de alimentação, refeição e transporte são os mais corriqueiros. Contudo, atualmente, carece-se ainda de garantir o usufruto das vantagens de forma livre.
De acordo com relatório do Instituto Gallup, apenas 15% dos trabalhadores em 155 países dizem estar de fato vinculados à organização onde atuam. Para Mariza Baumbach, analista comportamental e coach de desenvolvimento humano, do Rio de Janeiro (RJ), a falta de interesse e identificação com a companhia acontece devido a variados fatores. “Motivação é interna, é pessoal, mas ela pode ser afetada pelo ambiente externo, contribuindo para ser maior ou menor. Em contrapartida, temos o incentivo, ou seja, o ato de fazer despertar, encorajar ou ainda estimular alguém a fazer algo”, explica.
Entretanto, as corporações brasileiras ainda têm dificuldade para manter talentos e evitar o turnover, ou seja, a taxa de rotatividade. No auge da crise econômica, em 2016, por exemplo, 40% das organizações tiveram altos índices de desligamentos, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
“Os dados reforçam: o salário e uma possível estabilidade não servem mais como os principais ganchos para recrutar novos colaboradores. Em um cenário de intensa competitividade e grande especialização, as companhias precisam se tornar mais atrativas”, explica Raphael Marchioni, sócio-fundador da Vee, fintech de benefícios.
O que fazer?
Além de contratar melhor, é necessário traçar planos para evitar a saída de funcionários. Uma estratégia é respeitar as tribos formadas no dia a dia corporativo. “O grupo de funcionários o qual, por afinidade, gosta de almoçar junto ou trabalhar nos mesmos projetos, representa uma importante comunidade. Afinal, ela foi reunida naturalmente e com expectativa de ser respeitada em seu ofício. Quando essa relação está em harmonia, o negócio tende a crescer”, continua Marchioni.
Portanto, para atingir os objetivos, é preciso oferecer incentivos flexíveis, ou seja, com liberdade para os empregados gastarem como quiserem. Se o empreendimento oferece um auxílio-creche, por exemplo, e um membro do quadro não tem filhos, ele não consegue usufruir do recurso. “Com a versatilidade, todo dinheiro é depositado em uma conta única, permitindo à pessoa usar de acordo com seu perfil e objetivos”, finaliza Marchioni.
Táticas como essa são vitais para possibilitar a motivação. Assim, invista em seu time e tenha sucesso!