Com a rotina corrida do dia a dia e o acúmulo de tarefas, é muito comum as pessoas se acomodarem em um emprego e deixarem de investir em seu crescimento. Se você é estagiário ou aprendiz, veja como não entrar nessa situação.
Muitas razões podem estar por trás desse comodismo: a falta de tempo, a desmotivação com a área de atuação, as obrigações financeiras, ou até mesmo a falta de reconhecimento e de chance de crescimento na empresa. “Contudo, em alguns casos, acontece porque os funcionários têm medo de sair da zona de conforto e não se sentem confiantes o suficiente para buscar novos desafios”, explica Claudia Santos, especialista em gestão estratégica de pessoas e diretora da Emovere You.
Essas atitudes podem ser extremamente prejudiciais para quem deseja se diferenciar em um mercado cada vez mais competitivo. Afinal, quem está nessa posição dificilmente proporá novas ideias, motivará o time e se dedicará integralmente às suas atividades. “Muitas vezes, os indivíduos acabam esperando fatores externos para receber oportunidade quando, na verdade, são eles mesmos quem precisam agir para mudar o entorno”, enfatiza.
Por isso, é preciso deixar a preguiça de lado e colocar em prática algumas atitudes. “Em primeiro lugar, o profissional deve investir em autoconhecimento e identificar quais são os seus pontos fortes e fracos, como pode aproveitá-los e onde deve investir para se diferenciar”, analisa a especialista. Para ela, dessa forma, será possível definir quais serão os próximos passos.
Traçar um plano de desenvolvimento com objetivos claros e específicos será essencial para atingir o sucesso. Afinal, não adianta investir na própria formação quando você não sabe aonde quer chegar. “Uma dica é elaborar um plano de ação detalhado, com um passo a passo. Cursos técnicos ou de idiomas, leituras ou palestras podem ajudá-lo a se manter atualizado e incrementar o currículo”, incentiva Claudia.
Outra dica é construir uma rede de relações. A capacidade de fazer networking, se comunicar bem e desenvolver bons relacionamentos é essencial para quem deseja ganhar reconhecimento ou até mesmo conseguir um novo emprego. Por isso, demonstrar interesse pelas pessoas, ter humildade e saber ouvir são competências muito valorizadas em qualquer campo de atuação.
Ronaldo Peranovich tem 24 anos e é publicitário e ator. Ele conta sempre ter sentido algo errado em sua vida, mas não conseguia enxergar exatamente qual fator era. “Comecei a me preocupar mais com isso quando meu desempenho foi prejudicado. Por meio de um curso de inteligência emocional pude ver quais eram as barreiras. Hoje, além de ter uma nova perspectiva sobre minha vida, também tenho uma carreira mais sólida”, comenta.
Já a coach e farmacêutica, Lívia Agostinho, trabalhava em uma multinacional há quatro anos, quando viu a necessidade de mudança. “No começo eu gostava, aprendia muito. Todavia conforme o tempo passou, me senti cada vez mais acomodada”, afirma. Então, ela entendeu o quanto o ramo não condizia com suas expectativas. “Eu queria me comunicar, propor mudanças, pensar em novas formas de fazer as coisas. Na minha empresa, todos eram muito rígidos e conservadores, o clima era muito ruim. As pessoas sempre recorriam a mim para conversar e saber como lidar com certas situações. Decidi então começar a investir em autoconhecimento, para descobrir quais eram meus pontos fortes e de melhoria, e para onde eu deveria seguir”, revela. Após um longo processo de muito estudo e pesquisa, ela migrou para o campo da psicologia e coaching. “Pedi demissão e comecei minha trajetória do zero, investindo na vocação. Hoje, estou muito mais realizada, sei quais são minhas principais qualidades e amo minhas funções”, finaliza.
De acordo com o professor Luciano Leite, ao Click Guarulhos, “um dos maiores “venenos” para a criatividade é a inércia e a preguiça em aprender”. Portanto, invista no próprio desenvolvimento e esteja disposto a encarar desafios.
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