TV Nube: como destravar o cérebro para um novo idioma?

Bonjour, konnichiwa, hola, hallo, ni hao, hello: estes são alguns dos "olás" existentes nas mais de 7 mil línguas faladas no mundo. Embora, somente 23 delas são usadas por mais da metade do globo, cada uma tem suas normas, características e chegam até ter o alfabeto próprio. Em razão dessas variedades com o aprendizado materno, o estudo de um idioma pode ser bastante dificultoso. O cérebro, por conta do costume com o dialeto e a escrita ensinada na infância, demora para entender e recordar das novas alfabetizações. Logo, veja a seguir como destravar a mente e mergulhar de vez nessa jornada.

Por que embarcar nesse aprendizado?

Em um mundo cada vez mais globalizado, o contato com diversos cantos de países distintos é recorrente. Grande pivô desse evento, a Internet contribuiu para a difusão de notícias, mídias, contatos e anúncios em escala mundial. Desde sua criação como instrumento militar dos Estados Unidos, essa rede tem a forte presença do Inglês. Até hoje, ela é adotada universalmente em muitas páginas e por vários usuários. Exemplo disso é o Omegle, plataforma web de bate-papo com pessoas de todos os cantos da Terra. Nele, muitos a utilizam sendo a padrão.

Apesar de ser a mais falada entre não nativos, o protagonismo do "how are you" está sendo desfalcado. Esse está sendo tratado como básico, enquanto a grande presença do Mandarim vem ganhando o holofote. Por conta do crescimento econômico da China, bem como sua participação na cadeia global de produção, muitas empresas estão considerando um diferencial a noção desse linguajar. Com base nesse cenário, torna-se evidente a necessidade de ir além do Português.

Também, uma das grandes vantagens dessa ação é o aumento do seu repertório sociocultural. Além das novas palavras, se conhece também os costumes, comidas típicas, contextos e histórias de quem vive nas diferentes nações. Uma bagagem dessas amplia seu senso crítico e aumenta os conhecimentos gerais, ótimos aprimoramentos para posições onde a criatividade e autoridade estão presentes.

Quais as barreiras existentes?

O contato com diálogos, textos e outras comunicações estrangeiras pode apresentar alguns obstáculos, principalmente pela questão da diferença existente. Exemplo disso é a dificuldade com a pronúncia, pois cada dialeto tem seus próprios sons e alguns deles podem ser árduos para um espanhol compreender um japonês, por exemplo. A gramática complexa também é outro empecilho, com diferentes regras, conjugações e construções. Entretanto, as maiores questões estão no medo de cometer erros e falta de vontade. Em razão do receio de não ser compreendido e parecer tolo, muitos perdem a motivação de continuar os estudos. Todavia, é preciso ressaltar o poder da prática, persistência e incentivo.

Existem diversos meios de superar esses entraves e todos eles envolvem o esforço do interessado. A dedicação pessoal é a chave para abrir as portas desse aprendizado. Assim, você vai saber desde como participar de uma conversa básica, até alcançar um bom nível de proficiência em exames. Logo, caso queira deixar de lado as complicações e inseguranças, é necessário programar o cérebro para ir adiante.

Como desbloquear a mente para essa etapa?

Para o escritor, jornalista e professor Rafael Fontana, tendo como objetivo vencer as pedras no caminho, é necessário ter a regularidade, a imersão e, principalmente, a perda da timidez. De acordo com o autor, "vivenciar a língua é essencial para se habituar e criar assim a familiaridade". Além disso, ele acrescenta: "trata-se de uma programação mental bem simples”. Em outras palavras, a abordagem a ser feita compreende ações para seu desenvolvimento pessoal, como elaboração de metas e afirmações positivas.

Pratique no dia-a-dia

Uma das dicas dadas por Fontana é estar rodeado com o novo vocabulário na sua rotina: “mude nas configurações do seu celular, computador e aplicativos para o idioma estudado”. Dessa forma, o contato é certeiro, até porque, ficar longe desses aparelhos é algo inevitável nesses tempos. Outro conselho do docente é deixar de ser um “tradutor ambulante” e pensar sem usar o Português, ajudando assim na naturalidade na hora da fala.

Comunique-se sem medo de errar

Grande motivo para a desistência do curso e falta de progresso é a apreensão no diálogo. Por conta do receio em dizer algo errado e, dessa forma, ser passível de chacota ou não compreendido, o estudante não pratica a conversação e atrasa o seu avanço. Tendo em vista superar a apreensão, Fontana compartilha: “meus melhores alunos são os destemidos”. Ainda, para o literato, vale mais falar com alguns equívocos ao invés de proferir corretamente: “você deve focar em ser entendido, e não perfeito na oratória. Por exemplo, ninguém fala no cotidiano 100% dentro da norma culta, pois chegaria até ser chato”.

Sem notar, vai sair naturalmente

Portanto, ter a capacidade de se conectar com pessoas de outros países é essencial em um mundo globalizado e interconectado. Superar obstáculos como pronúncia e gramática requer dedicação pessoal e esforço contínuo. Programar a mente para aprender, com imersão e regularidade, é fundamental no sucesso nessa jornada. Ademais, a perda da timidez e medo são requisitos no processo do aprimoramento. Fale para ser entendido, não admirado. Ao expandir nosso repertório sociocultural, ganhamos uma compreensão mais profunda e uma visão enriquecida do mundo. Finalmente, enfrentar os desafios e abraçar a aprendizagem favorecem o crescimento pessoal e, quando menos se esperar, sua fluência será algo espontâneo.

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