A comunicação é um grande dom da humanidade. Essa habilidade está presente na origem de toda evolução até chegarmos aos tempos de hoje. Seja verbal, não-verbal, gestual ou mediada ela faz parte do nosso cotidiano no trabalho, escola, atividades de lazer e até mesmo dentro de casa.
Profissionalmente, a capacidade de se expressar é fundamental para crescer e se desenvolver. Seja você estudante, jovem aprendiz, estagiário ou CEO de uma grande organização, a importância é a mesma. Porém, é comum as pessoas encontrarem dificuldade para colocar as ideias para fora com clareza. É o seu caso?
De acordo com dados do estudo “Analfabetismo no Mundo do Trabalho”, uma parceria do Instituto Paulo Montenegro (IPM) e a ONG Ação Educativa, apenas 8% dos brasileiros entre 15 e 64 anos conseguem se expressar e compreender plenamente quando estão em uma conversa.
Esse número é extremamente baixo e evidencia uma adversidade para muitas pessoas. Como já dizia o célebre José Abelardo Barbosa, o Chacrinha: “Quem não se comunica, se trumbica”. Ou seja, quem não consegue se comunicar, sente mais dificuldades para alcançar seus objetivos, pois essa é uma habilidade chave para o sucesso.
Nesse sentido, vamos iniciar a matéria relembrando alguns conceitos básicos, como os componentes do processo de comunicação: o emissor da mensagem, o receptor, a mensagem em si, o canal de propagação, o meio de comunicação, a resposta (feedback) e o ambiente onde o processo comunicativo acontece.
Ter noção dessas etapas permite-nos exercer uma avaliação mais consciente da nossa posição nas diferentes situações interativas do cotidiano. Entretanto, existem diversos fatores capazes de atrapalhar uma boa exposição de ideias e bloquear seu aprimoramento.
Existem questões psicológicas, por exemplo, medo, excesso de preocupação e baixa autoestima ou fatores físicos, como, voz fraca, linearidade, dicção ruim ou velocidade excessiva. Ambos os casos podem exigir ajuda especializada, por isso, não seja negligente.
Na voz da especialista
André Alves, Head de operações da Empodera, orienta: “foque em qual será o objetivo da sua fala e não o perca de vista. Pergunte-se, como deve ser a interpretação do ouvinte ou qual atitude ele deve tomar após seu discurso”. O especialista deixa explícita a seriedade de nortear mentalmente seus dizeres.
Além disso, ele aponta uma técnica, chamada 4Q+Poc, para organizar suas ideias e se expressar com mais clareza no dia a dia: “primeiro, pense Quem, o Quê, Quando e Quanto. Na sequência, o Por quê, Onde e Como”. Use essa lógica de questionamentos para qualquer conversa.
O especialista afirma utilizar a ferramenta e finaliza dizendo: “independentemente da ordem utilizada, essa regra vai te ajudar a colocar os pensamentos no lugar e fluir os sentidos”. Viu só? Sempre existe uma solução para as dificuldades, basta pesquisar para encontrá-las.
Mais dicas para se expressar com clareza no trabalho
Uma boa comunicação tem papel crucial no alcance do sucesso. Afinal, essa é uma das soft skills mais valorizadas pelas empresas. Profissionais com domínio dessa habilidade constroem relacionamentos facilmente. Seja numa reunião, apresentação, e-mail ou mensagem no WhatsApp, ela é um fator crucial para progredir na carreira.
Veja quatro dicas, listadas pelo Nube e a fonoaudióloga, Fernanda de Morais, para aprimorar sua comunicação verbal e evoluir para chamar a atenção dos selecionadores:
Preze pela entonação vocal: é possível recitar o mesmo texto de maneiras distintas. A mera mudança no tom tem o poder de alterar a experiência do receptor e impacta-lo positivamente. Quem utiliza menos inflexão vocal, sem altos e baixos, pode até passar uma maior credibilidade, porém mostra-se menos atrativa. Por outro lado, ao usufruir da entonação, enfatizar vogais e dar pausas, ganha-se espontaneidade. Isso agrega para fixar o destinatário no aqui e agora.
Evite soar muito impositivo: Em qualquer dialeto, a escolha no uso de vocábulos é capaz de denotar intenções implícitas. Por isso, tenha cuidado ao escolher a forma verbal de suas sentenças. O excesso de imperativos - sejam afirmativos ou negativos - pode te associar a alguém autoritário, por exemplo. Ao emplacar uma série de comandos como “abra”, “corra”, “faça”, “trabalhe”, entre outros, desorizontaliza-se a relação com o próximo. Evite essa constante.
Alie a boa gramática ao amplo vocabulário: principalmente ao falar do âmbito trabalhista, dispor de uma gramática coesa é essencial. Queira ou não, seguir os padrões da norma culta é considerado, muitas vezes, um requisito mínimo para uma vaga. Quem coleciona deslizes de concordância durante a fala, por exemplo, pode comprometer um bom currículo. Junto a esse fator, o vocabulário é outro aspecto o qual merece os louros. A acertada escolha dos signos é primordial para superar a dúvida e construir um argumento límpido. Logo, dominar esse recurso mostra-se de extrema valia.
Fuja do uso constante de diminutivos: sempre importante lembrar, o seu chefe não deve ser referido da mesma forma como se trata um gatinho. Apesar de atribuir carinho, fofura e bondade, o diminutivo pode ser um tiro no pé. Prefira ganhar a confiança de alguém por meio de atitudes, em vez de um e-mail repleto de “inhos”. De acordo com a linguista, “esse atributo é maléfico, pois tem como característica conferir uma nuance menos assertiva e mais casual”, finaliza.
Gostou das dicas? Coloque tudo em prática para se desenvolver ainda mais como profissional. Se você estiver à procura de oportunidades ou já for experiente, todo conhecimento fará diferença! Tanto naquele momento da entrevista ou em uma reunião de negócios.
Afinal, precisamos estar em constante evolução para aflorar o nosso melhor lado e realizar sonhos. Aproveite esse momento para ler sobre diversos assuntos aqui no blog, se inscrever nos cursos EaD e assistir vídeos com as melhores dicas. Não perca tempo e saia na frente!
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