Escolher uma profissão é sempre uma tarefa difícil, especialmente durante a juventude, quando é comum ter dúvidas em relação a quase tudo. Afinal, essa decisão determinará sua rotina, estilo de vida e, principalmente, sua felicidade. Se identificou? Confira ao longo desta matéria como lidar com essa situação da melhor forma.
Um dos principais fatores para tamanha dificuldade é porque normalmente há de se fazer essa determinação sem conhecer a prática do labor definido. Ao mesmo tempo, existem também pessoas se descobrindo mesmo com formações e experiências anteriores.
Apesar de todo esforço para se adequar e entender as demandas, idealizar uma atividade e, principalmente, um salário incondizente com a realidade pode gerar inúmeras frustrações. Por isso, é significativo refletir muito a respeito antes de tomar qualquer decisão.
De dentro para fora.
Para ser assertivo em relação ao assunto, é preciso direcionar o olhar tanto para dentro quanto para fora. É fundamental, então, ter um bom nível de conhecimento acerca de seus pontos fortes e fracos. O autoconhecimento voltado deve envolver, acima de tudo, a consciência sobre sua personalidade e os interesses.
Algumas situações cotidianas também podem ajudar. Por isso, preste atenção em como você se comporta em uma atividade em equipe, por exemplo. Considerar as matérias de maior afinidade durante o ensino médio também é uma ótima maneira de perceber suas potencialidades.
Apesar de você ser apaixonado por uma área, deve conhecer bem quais são as possíveis formas de ingressar nela após a formação, e se os honorários vão suprir as suas necessidades. Quanto a isso, é válido realizar um levantamento sobre aspectos como o perfil e as competências exigidas para as incumbências visadas, bem como as vantagens e desvantagens de cada uma.
No começo do primeiro semestre de 2022, o LinkedIn divulgou uma relação de empregos com alta demanda nos últimos cinco anos. Compõem a lista os 25 cargos com maior crescimento na base de dados da rede social entre janeiro de 2017 e julho de 2021. O conteúdo na íntegra você confere aqui.
Fernando Poziomczyk, sócio da Wide Consultoria, relata: “apesar das mudanças e da evolução, ainda há uma constante predisposição de interesse dos contratantes em indivíduos com grandes pretensões de crescimento”. Portanto, para o especialista, o anseio por se desenvolver em uma determinada área de atuação é o fator de maior destaque para a decisão.
De acordo com levantamento realizado pelo Nube, mais de 36% dos estudantes se baseiam na remuneração e nas chances de crescimento na hora de deliberar qual caminho seguir. Para isso, 29% pesquisam sobre essa ocupação e 24% procuram orientação de especialistas.
Na voz da especialista
Cláudia Danienne, sócia-fundadora da Degoothi Consulting, recomenda seguir o seu coração, pois, segundo ela: “fazendo as coisas com amor e empenho, você chegará naturalmente aos ganhos financeiros”. Afinal, fazer uma coisa visando apenas o dinheiro pode não te trazer alegria, satisfação ou desejo de ser o melhor e aprender sempre.
Nada é definitivo
Ao longo dos anos, tudo pode ser diferente. Contudo, não há problema algum nisso, como explica o vice-presidente da Radancy na América Latina, Caio Infante: “se você está tomando uma decisão sobre a primeira jornada, ou se está no momento de refletir sobre a sua segunda ou terceira atividade, não tenha medo e só vai! Porque, é relevante nesse momento de vida, sobretudo quando mais novos, tomar essa decisão.”
O especialista também orienta sobre o valor de medir as eventuais consequências, mas sem deixar o arrependimento te dominar. Leve sempre em consideração o aprendizado, onde está, em qual local quer chegar e quais as suas reais motivações.
Não para por aí
Veja algumas dicas do portal Guia de Carreira para ajudar-lhe nessa missão:
1. Esqueça o mito da profissão para toda a vida
Isso não precisa ser um dilema, pois não existe uma decisão para toda a vida. Essa é, sim, uma definição crucial, mas não é possível prever e planejar o nosso futuro apenas com essa determinação. Afinal, sempre existe a possibilidade de alterar a ideia e trilhar outros caminhos. Em uma sociedade tão volátil, um redirecionamento é, muitas vezes, inevitável.
2. Reflita sobre quem é você
Antes de qualquer outra coisa, pense sobre quem é você. Pode parecer banal, mas é comum esquecermos nossos objetivos pessoais quando tentamos nos definir como profissionais. Desta forma, primeiro reflita sobre sua personalidade, gostos, valores e interesses.
Aproveite e faça uma lista com o que te faz feliz e coloque tudo: atividades com seus amigos, matérias preferidas na escola, filmes, músicas, séries e livros mais interessantes e reflita até mesmo sobre qual a importância da estabilidade financeira para você.
3. Reconheça as suas qualidades
Identifique seus pontos fortes, pense no seu comportamento em atividades do dia a dia como, por exemplo, a organização de uma festa. Você é prático e estratégico, planeja e cuida da organização? Ou se identifica mais convidando e motivando a turma para comparecer? Situações do cotidiano costumam mostrar nossas habilidades! Peça a opinião de seus amigos e familiares também.
4. Faça um teste vocacional
Ele pode ajudar muito a optar por um curso na faculdade e também é válido para outros momentos da nossa vida (ao planejar uma transição de setor, uma promoção ou até mesmo a aposentadoria). Muitas universidades e faculdades oferecem orientação vocacional gratuitamente, normalmente organizada pelo departamento de Psicologia. Algumas clínicas também oferecem esse serviço.
5. Pesquise sobre a profissões em alta e mercado saturado
Fazer uma pesquisa para saber quais estão saturadas e em alta pode ser muito útil. Porém, lembre-se: após você se formar, o mercado pode ter mudado. Além disso, não se deve fazer uma escolha com base apenas na oferta de empregos. Este pode ser um fator a mais para analisar em momentos de indecisão, mas apenas isso.
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