Por tradução vinda do inglês, a palavra skill significa habilidade. Já as outras - hard e soft - significam, respectivamente, duro e macio. No seu sentido literal, não fazem sentido, porém isso muda no sentido conotativo. A primeira se refere às competências tangíveis e objetivas. Já a segunda é o contrário do significado anterior, ou seja, está ligado às intelectuais e subjetivas. Adiante, você entenderá qual a representação desses vocábulos para o ambiente corporativo.
Recorrente nas áreas de Recursos Humanos, aparecem já como requisitos e diferenciais em vagas de emprego e estágio. Entre os dois termos, a soft skill é vista como novidade no mercado de trabalho. Entretanto, apesar da atualidade, a expressão tem origem no exército estadunidense, no final dos anos 60.
Lá, o termo foi criado para designar as capacidades pessoais não relacionadas com a operação de maquinário. Essas atividades sem mecanismo eram em grande quantidade, motivo então pela criação de um termo para demonstrá-las. Entre as aptidões longes do equipamento estavam, principalmente, as de desenvolvimento social dos soldados. Ao passar dos anos, essas ideias foram incorporadas no mundo dos negócios e nas vagas de emprego.
Na voz da especialista
A psicóloga e sócia da Insight Consultoria e Treinamentos, Rubiana Ferreira, destaca quais são as diferenças dessas duas concepções.
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Hard skill
Mais populares e, necessariamente, aprendidas, são conhecimentos adquiridos pelo indivíduo. Exemplos: cálculo, cursos, graduações, idiomas, treinamentos, workshops e entre outros possíveis de se aprender.
Por serem objetivas, foram muito usadas como principal critério de seleção em vagas de emprego. Entretanto, nas últimas décadas, foi percebido a necessidade de entender não só o currículo técnico do candidato, mas também as qualidades psicossociais. Vamos explicar a seguir.
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Soft Skills
Essas, por sua vez, são as intelectuais. Ou seja, referem-se à mente em suas esferas operacional e emocional. Denominadas como habilidades comportamentais, retratam a capacidade de comunicação, cooperação, empatia, estabilidade mental, psicológica, soluções de problemas, tomadas de decisões, resiliência e senso de urgência.
Atualmente, o mercado está buscando como prioridade também profissionais com essas características, compatíveis com as companhias, pois percebeu a importância desses saberes para a fluidez e bem estar no serviço. Alguém com esse know-how aprimorado é, para o empregador, um fornecedor de resultados e de relacionamentos sem ruídos no expediente.
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Como desenvolvê-las
Devido à diferença entre as palavras-chave abordadas, o aprendizado e a melhora das duas seguem essa distinção. Enquanto as hard skill são obtidas por aulas, práticas e treinamentos, as soft skills requerem o aperfeiçoamento psicológico do funcionário. Logo, essas necessitam de um progresso alcançado por atividades dos recursos humanos, terapias e outras formas de instrução e desenvolvimento mental.
Hard e soft skills na busca por emprego
Hoje em dia é comum deparar com processos seletivos descrevendo, por exemplo: inglês avançado, pacote Office básico, graduação em comunicação e marketing e espírito de líder, bom trabalho em equipe, rígida disciplina. Dessa forma, as contratantes conseguem avaliar os candidatos por meio de testes de competência e certificados. Todavia, no âmbito cognitivo, é preciso avaliar cada indivíduo por meio de exames comportamentais, elaborados com várias perguntas relacionadas ao modo de pensar, relacionar e resolver.
Ambas são importantes
Por conta da sua complexidade, é comum pensar um maior prestígio vindo das empresas para alguns tipos de capacitação. Todavia, dependendo da função a ser exercida, uma ou outra ganha mais atenção. Um atendente de telemarketing, por exemplo, deve ter comunicação e resiliência aprimoradas, devido aos recorrentes ataques verbais vindos do outro lado da ligação. Já um técnico em informática deve apresentar outros saberes mais ligados à parte técnica, visando a solução de problemas.
No entanto, é indispensável ter um equilíbrio entre os dois conceitos. Um operador de telemarketing com alta inteligência emocional, mas sem saber como atender um cliente seguindo o roteiro estabelecido, ou um técnico em TI com ótimo domínio, porém não consegue lidar em ambientes de pressão, não geram bons resultados.
Como abordar suas competências nos processos seletivos
Nas suas meticulosidades diretas e concretas, você deve falar quais você possui e contar como foi o aprendizado, onde, por que e qual o seu nível nela, além de ter como comprovar isso em testes e com certificados. Veja como seria dito: como sempre quis trabalhar fora, aprendi inglês na escola ABCD, com aulas e assistindo a filmes. Hoje, possuo nível avançado no idioma com certificado.
Por outro lado, por não serem tangíveis, precisam ser ilustradas com uma ocorrência. Se existe um motivo e maneira para você ter domínio em algo, dizê-los é uma boa ação. Somente comunicar a posse de uma habilidade de liderança é ruim, por exemplo, pois não tem como o entrevistador saber se é verdade ou não. Visto isso, citar um caso no qual sua gestão gerou bons resultados traz mais veracidade.
Vale ressaltar a atenção aos detalhes da vaga, identificando o perfil desejado. Dessa forma, é possível se candidatar a oportunidades compatíveis com seu currículo.
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