A Engenharia de Produção tem a sua origem no século XIX. A revolução industrial, por meio do surgimento de novas e poderosas máquinas movidas a vapor, proporcionou uma grande produção com preços muito menores, como nunca se viu na história da humanidade. Então, surgiu a necessidade de buscar mais qualidade e eficiência nos processos, assim, nasceu essa profissão.
O perfil do Engenheiro de Produção
Conforme explica a Associação Brasileira de Engenharia de Produção - Abepro: “compete à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolvendo recursos humanos, materiais, tecnologia, informação e energia”.
O Engenheiro de Produção mescla conhecimentos das ciências matemáticas, físicas e sociais, além de aplicar princípios de análise e design para prever e avaliar os resultados obtidos. Os estudiosos egressos dessa modalidade têm se mostrado hábeis empreendedores e capazes de atuar nas mais diversas organizações da sociedade.
O perfil do universitário pressupõe espírito crítico, quantitativo e estratégico. A criatividade, versatilidade e uma visão abrangente para analisar características e propor melhorias são igualmente essenciais. Por fim, a capacidade de adaptação rápida em diferentes funções é uma importante aliada rumo ao sucesso.
Sobre a formação
Em concordância com o portal Guia de Carreiras, o curso foi desenvolvido com base na grade de Administração de Empresas e inicialmente na de Engenharia Mecânica. Desse modo, almejando dois pontos de interesse: o conhecimento técnico e as habilidades de gestão.
O bacharelado tem duração média de cinco anos e pode ser encontrado nas modalidades de ensino a distância e presencial. A primeira universidade a oferecer o curso de em sua grade foi a Escola Politécnica da USP. O curso, inaugurado no ano de 1957, foi coordenado pelo professor e engenheiro Ruy Aguiar da Silva Leme.
A formação inicia com disciplinas das áreas de Ciências Exatas e da Computação, comuns para todas as Engenharias. Após esse ciclo básico, o discente passa a estudar sobre Produção, Gestão Financeira e Econômica, Gestão de Pessoas e Qualidade, entre outros.
O estágio e o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) são itens obrigatórios do ciclo acadêmico. Se você não sabe, o estágio não obrigatório dá o “direito” a uma bolsa auxílio, auxílio transporte, recesso remunerado e tem carga horária de até 6 horas diárias e 30 horas semanais.
Especializações e Mercado de trabalho
Existe uma gama de opções de especializações e pós-graduações disponíveis para alunos já graduados. Você pode decidir por Controle de Qualidade de Produtos ou em algo totalmente diferente, como Gestão Sustentável da Produção, por exemplo. Estudos voltados para a indústria química, petroquímica, farmacêutica e logística também são algumas opções.
As tendências para o setor são diversas, muitas delas fomentadas pela Indústria 4.0, modificando a rotina das instituições. A impressão 3D e a realidade virtual, por exemplo, já são usadas para reduzir o tempo e o custo da produção. Da mesma maneira, big data, computação em nuvem, robôs autônomos, cibersegurança e integração de sistemas são outros aspectos transformadores.
Tudo isso afeta diretamente o trabalho desse perito, responsável por incorporar a tecnologia na manufatura. Para o vice-reitor de ensino e pesquisa do Centro Universitário FEI, Prof. Dário Alliprandini: "o engenheiro de produção tem uma formação multidisciplinar e, por isso, é preparado para entender os diferentes processos de organizações de diversas áreas. O desafio para o futuro é desenvolver projetos para integrar e inserir inteligência nas áreas de fabricação, fornecedores, distribuição e seleção de tecnologias".
Quando falamos em ganhos financeiros, um profissional desse ramo ganha em média R$ 7.640,95 no mercado de trabalho brasileiro para uma jornada de trabalho de 43 horas semanais de acordo com pesquisa do portal Salário, realizada em 2021. O estagiário, segundo a Pesquisa de Bolsa-auxílio 2021 do Nube, recebe em média R$ 1.492,33.
A engenharia é uma profissão regulamentada por lei. Portanto, em muitos casos a companhia irá exigir, por parte do Engenheiro de Produção, um registro no CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), para assinar documentos necessários em determinadas frentes de trabalho.
E aí? Engenharia de Produção é a carreira dos seus sonhos? Então, vá em frente e boa sorte! Conte com o Nube para o seu estágio. Até a próxima!
