Como você avalia seu domínio na nossa língua nativa? Bom, regular ou ruim? Embora existam diversas regras e normas a serem respeitadas, dominar o português é imprescindível. Afinal, ter essa qualidade pode te dar destaque no mercado de trabalho. Entenda mais!
Diferencial competitivo
De acordo com Pablo Jamilk, doutor em letras, ter uma boa expressão na língua portuguesa é sempre um diferencial. “Isso tem a ver com o propósito da língua: a comunicação. Há uma grande diferença entre você entregar um trabalho para ser feito para uma pessoa com um bom conhecimento ou a uma pessoa insegura com erros terríveis de ortografia”, pondera o especialista.
De acordo com ele, a escrita ruim, assim como a fala, podem demonstrar desleixo com a própria atividade no ambiente corporativo. “Se a pessoa não é capaz de se comunicar corretamente, você acredita também na sua incapacidade de fazer aquela tarefa intelectual de maneira correta ou aceitável”, compartilha.
A falta de leitura é um agravante
Embora essa seja uma característica indispensável para o mundo empresarial, ainda há profissionais deslizando em conceitos simples. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Nube, a maioria dos jovens (70%) associam a causa do problema, principalmente, à falta de leitura.
Para Tatiane Felix, professora de língua portuguesa da Central de Concursos, a leitura pode ajudar no aprendizado. “É um fato, ler auxilia muito. Contudo, quando se fala nisso, as pessoas pensam: ‘é só a literatura clássica a responsável por trazer um conhecimento ou uma formalidade no idioma?’. De maneira nenhuma”, afirma.
Onde ler?
Segundo a professora, é importante não se limitar às possibilidades para o desenvolvimento dessa habilidade. “Consuma de tudo: jornais, revistas… até na Internet há muitas informações e textos bem escritos. Ou seja, esse bom hábito faz parte do processo de aprendizagem”, complementa a especialista.
Erros comuns ao fazer entrevistas
Entretanto, em outro estudo, quase 78% dos mais novos se consideram confiantes quanto à sabedoria gramatical e ortográfica. “Tenho bons conhecimentos e isso me ajuda na carreira”, foi a resposta apontada. Contudo, essa é a realidade?
Isso acontece, inclusive, durante os processos seletivos. A recrutadora do Nube, Vitória Ribeiro, explica como esse aspecto é eliminatório para quem busca uma vaga. “É muito comum candidatos serem prejudicados em seleções em razão dos erros de português.
Os mais comuns, segundo ela, são relacionados à fala coloquial, utilizada em contextos informais, como com a família, amigos e colegas. Ela cita, inclusive, os gerúndios como “estar fazendo”. “Esses deslizes são comuns nos contextos mais pessoais, contudo, é importante não passá-los para o âmbito profissional”, alerta.
Portanto, apostar na dedicação de sempre se manter atualizado e adquirir o hábito da leitura podem ser duas estratégias chave para evitar problemas de vocabulário.
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