O Nube realizou um estudo para saber qual o pensamento dos futuros gestores em relação ao mercado de trabalho
Você gosta do seu gerente ou coordenador? Aprova o estilo deles? Ou agiria diferente? Pensando no assunto, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios realizou uma pesquisa com a seguinte pergunta: “Se você fosse um líder, como seria?”. Quase 20 mil jovens de todo o país responderam essa questão. O resultado apontou para a importância de cobranças, mas sempre em equilíbrio com o bom humor.
No livro “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel, é possível aprender algumas táticas para ser um bom dirigente, como pertencer ao povo antes de formar um caráter de majestade. Da mesma forma, é preciso ser um colaborador antes de comandar e ainda observador para tomar as decisões corretas. Além disso, existem outros pontos essenciais nessa formação. Para conhecer o resultado, entre os dias 23 de fevereiro e 6 de março, o Nube questionou a 19.744 internautas, com faixa etária entre 15 e 26 anos, sobre qual o perfil ideal de chefia para a sociedade. Dentre as quatro opções de respostas, a maioria, 56,17%, 11.168 dos votantes, escolheu a alternativa “Cativante, mas cobrando na medida certa”.
Segundo Eva Buscoff, coordenadora de treinamentos internos do Nube, “as pessoas querem ser os gestores idealizados como perfeitos. Todavia, é importante lembrar da existência do distanciamento entre aquilo buscado enquanto um ideal e quem o indivíduo é de fato. O desafio é alcançar esse sucesso, sem perder a própria identidade”. Ou seja, muitas vezes, por ter o poder nas mãos, os cidadãos criam um novo modelo de agir para mostrar credibilidade, transformando toda sua verdade particular.
Já em segundo lugar, 31,83% (6.328 participantes) optaram por se mostrar “Exigente, mas sendo sempre educado”. De acordo com a especialista do Nube, é importante exigir do seu colaborador, mas sempre lembrar da gentileza e coerência para não deixar de ser um líder admirado, mas um chefe odiado. Nesse caso, entra a concepção da diferença entre líder e chefe: o primeiro, sempre motivador, visa trabalhar com os objetivos e filosofia da empresa, focando em alcançar resultados como consequência; já o segundo, seguindo um modo autoritário, cobra resoluções e deixa de parabenizar quando é o momento, além de não participar do processo.
Em contrapartida, 1.472 pessoas (7,40%), elegeram a alternativa “Instigante, mas sempre oferecendo premiações”, como a forma de gestão ideal. “Bonificações não são ruins, porém não se pode esquecer de outros pontos importantes para quem ocupa o mercado atual. A geração Y, por exemplo, valoriza qualidade de vida e investe, não apenas na carreira, mas em sua vida pessoal”, explica a especialista.
Com 4,60%, 914 votantes, escolheram “Neutro, deixaria a equipe à vontade”. Contudo, espaço demais pode não ser uma boa ideia. “Quando existe obrigação de tarefas, a exigência é natural. Em casos de equipes formadas por estagiários e outros profissionais em início de carreira, é aconselhável pedir resultados com frequência, manter um acompanhamento próximo e realizarfeedbacks das atividades desempenhadas”, comenta Eva.
Para a coordenadora, não existe um líder perfeito, mas sim um gestor ideal para cada perfil de equipe. “As pessoas e as diferentes áreas de atuação me fazem concluir o fato de não existir uma fórmula secreta. Quando envolve relacionamentos, sempre nos surpreendemos! Portanto, o mais importante é respeitar a si e aos outros”, finaliza.