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Pesquisa mostra que, para a maioria dos quase 8 mil entrevistados com até 26 anos, morrer é uma coisa natural e que deve ser aceita por todos

Uma das etapas do desenvolvimento do ser humano é a morte, que, como não podia deixar de ser, faz parte de nosso dia a dia, especialmente na rotina dos profissionais da área da saúde, em que faz parte do trabalho lidar com esse fenômeno biológico. Pensando nos aspectos psicossociais desse ciclo natural da existência, o Núcleo Brasileiro de Estágios realizou uma pesquisa entre 8 e 19 de dezembro de 2014, com a seguinte questão: Como você vê a morte?. O resultado revelou maturidade dos jovens entrevistados com relação ao futuro.

Foram 7.865 participantes, com faixa etária entre 15 e 26 anos. Dentre as opções disponíveis, o resultado evidenciou a ampla reflexão da maioria sobre esse polêmico assunto: 55,07% disseram que é algo natural, já que todos vão morrer um dia. Além disso, 29,21% disseram que não pensam nisso e vivem cada dia como se fosse único. A analista de treinamento Rafaela Gonçalves justifica a indefinição geral da sociedade diante do tema, pelo medo do desconhecido. "Somos vulneráveis quando não sabemos exatamente o conteúdo ou o desfecho de algo. Tememos o impossível de se definir".

Uma resposta que apareceu entre os jovens. 12,68% dos entrevistados, trata do medo de morrer sem realizar os sonhos. Segundo a especialista, quando um indivíduo cria mistérios e tabus com relação ao futuro após a vida, desenvolvem-se naturalmente pontos de interrogação. "Algumas pessoas buscam na religiosidade, um conforto para conviver com incógnitas. Já outras, ao imaginarem o assunto, criam preocupações nem sempre tranquilas de lidar". Entretanto, Rafaela indica cuidado ao permitirem uma presença excessiva da "morte" nos pensamentos. "Se um adolescente, adulto ou idoso inclui algo intangível nos seus problemas do cotidiano, acaba por não viver o hoje e se desgasta por completo. O ideal é um acompanhamento psicológico quando as dúvidas sobre o 'pós-vida' ultrapassarem os limites saudáveis".

O fato é: independentemente de como a saúde avança, o decorrer da vida nos reserva o cumprimento das fases consideradas naturais pela biologia. Ou seja, nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer. "Enquanto não há modificações genéticas capazes de garantir a eternidade, o mais indicado é aproveitarmos ao máximo a passagem pela Terra, pois ela é uma só, e fazermos o nosso melhor em cada um de nossos dias", aconselha Rafaela. Gonçalves.

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