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“Com os livros consigo viajar para lugares que nunca fui e viver sonhos que não são meus. A leitura faz parte de mim. É algo que me dá alegria e prazer.” É com essas palavras que a estudante de jornalismo Alessandra Maria Santos Silva, de 18 anos, define o papel da leitura em sua vida.
Alessandra, de 18 anos, é fã de leitura e carrega sempre um livro na bolsa

Alessandra, de 18 anos, é fã de leitura e carrega sempre um livro na bolsa

A jovem, que trabalha como analista de mídias sociais, não consegue imaginar como seria a vida sem a leitura. Mesmo trabalhando o dia todo e estudando à noite, Alessandra consegue ler pelo menos dois ou três livros por mês.

“Leio de tudo um pouco”, conta a futura jornalista, que possui em sua coleção livros de aventura, ficção, biografias, autoajuda, romance, entre outros títulos, mas confessa preferir os de ficção e aventura.

O perfil de Alessandra vai ao encontro de um levantamento promovido pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube). A pesquisa abrangeu 12 mil internautas e constatou que 44,74% dos entrevistados leem pelo menos um livro por mês.

Na avaliação da analista de treinamento do Nube, Rafaela Gonçalves, o resultado da pesquisa é muito interessante por denotar uma alteração de comportamento. “Nossa juventude realmente necessita melhorar culturalmente e esse é o primeiro passo para a mudança”, diz.
Rafaela Gonçalves: “Nossa juventude realmente necessita melhorar culturalmente e esse é o primeiro passo para a mudança”

Rafaela Gonçalves: “Nossa juventude realmente necessita melhorar culturalmente e esse é o primeiro passo para a mudança”

Rafaela cita como vantagem nesse processo o fato de o jovem poder usar a tecnologia a seu favor lendo livros a partir de ferramentas digitais, como o iPad e os tablets, que facilitam o acesso aos e-books e acabam incentivando a leitura por serem mais fáceis de carregar e funcionarem de modo dinâmico.

Mesmo diante dos bons resultados da pesquisa, um levantamento anterior promovido pelo organismo detectou que 28,8% dos jovens que participam de exames e processos seletivos não obtiveram êxito na etapa da seleção e foram eliminados por conta do mau uso do português.

Ao traçar um paralelo entre os dois levantamentos, Rafaela diz que percebe-se uma deficiência em relação à escrita e interpretação de textos entre os jovens.

Para a representante do Nube, o fato é contraditório e, por isso, exige a necessidade de mudança do hábito da leitura para um comportamento mais assertivo. “Não basta ‘engolir palavras’, o jovem precisa interpretar o que lê e ampliar sua percepção, transformando a leitura em uma forma de se desenvolver”, destaca.

Hábito fundamental

A psicopedagoga Thalita Tomé, da rede de complemento escolar Ensina Mais, acredita que os resultados da pesquisa do Nube são animadores, mas não representam a realidade de boa parte do Brasil. “Se realizarmos um levantamento dentro de comunidades carentes e periferias, por exemplo, notaremos que pouquíssimas crianças e jovens têm o hábito de ler um livro”, diz.

Para Thalita, isso acontece porque não há incentivo dentro de casa e as escolas públicas, de modo geral, necessitam implementar novos programas para oferecer uma base de conhecimento da língua pátria de qualidade e consequentemente estimular a leitura regular de livros.

De acordo com a psicopedagoga, a leitura é muito importante, tanto para o aspecto pessoal como para o profissional. “Pois estimula a imaginação, o senso crítico, a interpretação de mensagens e o enriquecimento de vocabulário, além de formar cidadãos mais inteligentes, claro”, justifica.

Rafaela complementa que o hábito correto da leitura oferece ao jovem muitas possibilidades. “Ganhará a habilidade de interpretar textos, de encontrar soluções, terá uma boa escrita e, em processos seletivos, estas são características muito importantes”, explica.
Thalita Thomé defende mais ações de incentivo à leitura no Brasil

Thalita Thomé defende mais ações de incentivo à leitura no Brasil

Thalita considera fundamental que o jovem leia sobre todos os assuntos, como política, sociedade e literatura. Porém, para que adquira o gosto, deve começar com leituras que ofereçam mais prazer, como romances, ação, drama e ficção.

Já Alessandra indica começar pela leitura de um livro fácil, do tipo literatura infanto-juvenil, ou mesmo um livro que já virou filme, por exemplo. “Ultimamente têm surgido livros muito bons com conteúdo jovem. Sagas como Harry Potter e Crepúsculo fazem os jovens começaram a se interessar na leitura e depois vão abrindo o leque para outros tipos de livro”, indica a estudante de jornalismo.

Livro ainda é a melhor alternativa

No levantamento do Nube, quase 19% dos entrevistados afirmaram que leem apenas jornais e revistas. Para Thalita Tomé, esse tipo de leitura é válida, mas se trata de um conhecimento muito pontual. “Geralmente se pautam em temas corriqueiros e atuais. Até as mídias de grande credibilidade se baseiam nessa linha”, adverte.

Alessandra é leitora assídua de jornais e revistas, mas considera o custo dessas mídias muito alto. Por isso, acaba recorrendo à internet, onde quase tudo é gratuito.

Porém, a preferência dela ainda são os livros. “O livro é único e não se compara a jornais e revistas; prende a atenção, você vive o que está lendo. Por isso eu sempre tenho um livro na bolsa”.

Apesar dos resultados da pesquisa, Thalita acredita que é preciso incentivar mais a leitura entre os jovens. “De modo geral, o livro no Brasil é muito caro, o que dificulta ainda mais a incorporação desse hábito”, ressalta. Diante disso, ela defende a realização de mais feiras literárias em todo o país, com preços acessíveis, a promoção de concursos literários nas escolas e, principalmente, o estímulo à leitura dentro de casa.

Resultados da pesquisa

“Quais são seus hábitos de leitura?”

̶  Leio muito, pelo menos um livro por mês (44,74%)

̶  Leio até dois livros por ano (28,07%)

̶  Leio apenas jornais e revistas (18,22%)

̶  Leio apenas o solicitado em sala de aula (5,81%)

̶  Não gosto de ler (3,14%)

Fonte: Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube)

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