A Geração Z, composta por indivíduos nascidos entre a década de 1990 e meados dos anos 2000, apresenta características bem definidas e engloba, hoje, uma parcela significativa dos trabalhadores. É conhecida por uma consciência digital, adaptabilidade e criatividade. Com uma visão diferenciada sobre o meio corporativo, o foco principal está na inovação, a partir de uma mentalidade singular, moldada pela educação digital, além da disposição natural para enfrentar desafios.
Os efeitos da Geração Z no mercado
Inseridos, desde o nascimento, em uma época totalmente digital, não são apenas o futuro, pois já se mostram presentes de forma efetiva no meio laboral. Dessa maneira, contribuem com uma visão única e moldam tendências, favorecendo as empresas na vanguarda desse movimento. No entanto, muitas ainda apresentam impasses para lidar com o público. “As principais dificuldades enfrentadas se relacionam às diferenças geracionais. Destacam-se, entre esses desafios, a interpretação das organizações sobre suas noções de descomprometimento e impaciência, os questionamentos em relação aos modelos tradicionais de ocupação e a resistência às formalidades”, explica Jéssica Quione, coordenadora de recrutamento e seleção do Nube.
Todavia, são diversos os benefícios de se contá-los como membros de uma companhia, pois seu compromisso pode refletir não apenas na performance individual, mas também na cultura organizacional. Assim, oferece uma experiência única e memorável, devido a ser uma fonte inesgotável de ideias frescas, assim como abordagens inovadoras. “Eles trazem novas perspectivas para os moldes de ofício aos quais estamos habituados, valorizando a diversidade, a saúde mental e o bem-estar nas organizações”, acrescenta a especialista.
O impacto na transformação corporativa
A variedade e disponibilidade dos meios de comunicação, assim como a rapidez na circulação de informações, a interatividade do mundo virtual e a utilização diária de recursos tech trazem versatilidade, agilidade e curiosidade. “O estilo de liderança tende a ser mais colaborativo, eliminando as formalidades hierárquicas características dos modelos convencionais. Eles preferem uma abordagem mais integrativa, favorecendo a construção de ideias em conjunto. Como liderados, são questionadores e buscam feedbacks constantes para aprimoramento. Valorizam ambientes com autonomia e flexibilidade e seu engajamento está ligado à possibilidade de expressar sua individualidade. Ademais, procuram se sentir seguros em um local empático, aberto à inclusão e diversidade”, esclarece a gestora.
Do ponto de vista mercadológico, essa galera também impacta, de certa forma, no direcionamento das empresas, linha de produção e serviços. “Eles têm efeito direto nos modelos de negócios atuais, devido à sua constante busca pelo equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Além disso, pressiona as marcas a evoluírem tecnologicamente, pois são os primeiros a ingressarem no universo laboral junto à inovação. Outros aspectos relevantes incluem as políticas de diversidade, planos de carreira e benefícios oferecidos, pois, para eles, o sucesso é um misto de realização, liberdade e equilíbrio na ascensão empregatícia”, aponta Jéssica.
Nesse sentido, a adesão desses colaboradores com o estágio tende a ser alta, devido a possibilidade disponibilizada de aprendizado e crescimento dentro de uma modalidade onde o principal objetivo é o aperfeiçoamento de seus conhecimentos. “Para haver compatibilidade entre a oportunidade e o estudante, é crucial uma gestão atenta às necessidades e compartilhando feedbacks construtivos. Logo, cria-se um espaço colaborativo, com autonomia e flexibilidade, além de oferecer vivências, desafios e desenvolvimento contínuo”, finaliza a coordenadora.
Fonte: Jéssica Quione, coordenadora de recrutamento e seleção do Nube
Serviço: Mercado de trabalho e dificuldades com a Geração Z