O mundo corporativo está passando por uma profunda transformação impulsionada por diversas tendências, como a globalização, a automação, a inteligência artificial e a ascensão da economia digital. Para se destacar nesse novo cenário, os profissionais precisam desenvolver um conjunto de habilidades além das competências técnicas tradicionais.
As mudanças no mundo corporativo
O escritor português, Carlos Alberto Carujo, certa vez escreveu: "evoluímos mais nos últimos 50 anos, do que nos cinco mil anos de ‘obscurantismo’”. Olhando para a história humana, nossa capacidade de adaptação e melhoria contínua sempre esteve presente, porém, foi potencializada pelos avanços tecnológicos de forma exponencial. Tais movimentos, para o bem e para o mal, trouxeram luz a um grupo de habilidades cada vez mais requisitadas. “As empresas são humanas, mas ao mesmo tempo nutrem a vontade de inovação”, explica o analista de treinamento e desenvolvimento do Nube, Hugo Domenech..
O especialista acrescenta: “tirando as competências técnicas específicas, cada carreira possui um grupo elaborado de requisitos. Muito se fala atualmente sobre as power skills, antes chamadas de soft skills. A nomenclatura foi alterada pela importância e complexidade do assunto. Essas características sempre tiveram um papel importante no local de trabalho, suas relevâncias e destaque só se tornaram mais urgentes, conforme as corporações adaptam-se à modernidade”.
A sociedade se modificou em ritmo acelerado nos últimos anos, mas alguns setores, como a educação, ainda se apegam a modelos tradicionais. “A maior parte dessas competências não são vistas como uma matéria em escolas e universidades. Por isso, o indivíduo precisa procurar por conta própria como aperfeiçoá-las, seja fazendo treinamentos, lendo livros, ouvindo podcasts, programas de mentoria ou participando de projetos desafiadores. No próprio site do Nube, temos cursos on-line voltados para esse tema”, destaca Domenech. Entretanto, algumas medidas fáceis podem ajudar nessa área:
Avaliação continuada: acompanhamento constante do progresso individual por meio de diversas ferramentas, garantindo uma avaliação mais completa do potencial de cada aluno.
Materiais digitais: livros físicos ainda são valiosos, mas os recursos virtuais facilitam o acesso à informação, a interatividade e a análise de dados, tornando tudo mais lúdico e inteligente.
Menos lições de casa: elas sobrecarregam os estudantes, diminuem o tempo de convívio familiar e, muitas vezes, não contribuem para o conhecimento de forma eficaz.
Empreendedorismo: desenvolver criatividade, tomada de decisões, adaptabilidade, trabalho em equipe, finanças, vendas, autonomia e senso crítico é fundamental para o sucesso no mundo atual.
A educação precisa acompanhar a evolução do universo! O modelo tradicional já não atende às demandas do século 21. É hora de adotar um novo formato. Pensando nisso, o analista complementa: “nos próximos anos, muitos aspectos serão essenciais, porém, o Fórum Econômico Mundial listou alguns em seu relatório, de 2023, sobre o futuro do trabalho”. São eles:
Pensamento analítico: a habilidade de analisar a enorme quantidade de informações em tempo real de diferentes fontes. Necessária para um mundo amplamente conectado.
Criatividade: como tirar melhor proveito das ferramentas em desenvolvimento, produzir mais e em menos tempo. “Por exemplo, nossos recursos naturais são finitos, tornando essa questão crucial para nossa existência”.
Resiliência, flexibilidade e agilidade: são autoexplicativas e refletem bem o sentimento de mudanças aceleradas e adaptação requisitada ao colaborador.
Curiosidade e aprendizado ao longo da vida: talvez, o mais importante seja aprender a aprender. A busca por sabedoria deve ser contínua.
Portanto, é imprescindível se atualizar e ficar por dentro das tendências do mercado corporativo. Dessa forma, a chance de destaque e crescimento é muito maior.
Serviço: Quais as habilidades exigidas pelo mercado atual
Fonte: Hugo Domenech, analista de treinamento e desenvolvimento do Nube