De acordo com o relatório Panorama Mulheres 2023, feito pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), a participação feminina na presidência das empresas e em outros cargos de liderança no Brasil cresceu. De 2019 a 2022, as mulheres passaram de 13% a 17% dos CEOs do país. Embora haja um avanço, dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram como os homens ocupam 71% das posições de decisão na indústria brasileira.
Liderança feminina cresce nas empresas
Além dos números citados, conforme a pesquisa da CNI, somente 14% das instituições têm áreas específicas dedicadas à promoção da igualdade de gênero no local de trabalho. Para Carolina Gouvêa, sócia e diretora de pessoas da EAÍ?! Content Experience, a diversidade e a inclusão são fundamentais para a construção de equipes mais fortes e criativas. “Precisamos reconhecer os desafios e trabalharmos juntos por um ambiente mais justo e igualitário”, afirma.
Na agência de Carolina, esse preceito é observado desde os processos seletivos, com planos de retenção e desenvolvimento de talentos, assim como promoções de cargos e salários. Existe todo um cuidado com a representatividade nos cargos de liderança para inspirar e incentivar outras mulheres. “Somos uma empresa majoritariamente feminina e nosso quadro de liderança é 80% ocupado por mulheres”, ressalta.
De toda forma, a pluralidade no quadro colaborativo também é percebida como vantagem direta pelo público. Consoante a um estudo publicado no Journal of Consumer Research, os consumidores vêem as organizações diversas como éticas. Logo, isso impacta o julgamento social sobre a marca e seus futuros resultados, como o posicionamento e a fidelização, além dos lucros.
Um bom conselho para os empreendimentos com o objetivo de tornar o ambiente laboral mais respeitoso é investir em palestras de conscientização sobre temas relacionados à equidade de gênero. Essas conversas cotidianas precisam ser convidativas à participação de todos, com flexibilidade de horário e suporte para as mães, principalmente aquelas após a licença maternidade. “Estamos sempre buscando maneiras de melhorar e garantir as mesmas oportunidades para todo mundo”, finaliza a diretora de pessoas.
As mulheres são poderosas no mercado de trabalho
Mesmo com tantas estatísticas positivas, ainda é possível observar uma certa resistência. De acordo com a entidade de pesquisa de mercado Ipsos, três a cada 10 brasileiros ainda não se sentem confortáveis em ter uma mulher como chefe. Isso mostra um passado cheio de lutas por parte delas, responsável por impactar na atualidade.
Para a psicóloga Patricia Ansarah, CEO do Instituto Internacional em Segurança Psicológica (IISP), a mudança cultural é determinante para abrir espaço no topo das instituições. “Construímos um modelo de trabalho em uma sociedade patriarcal e os reflexos disso estão nos baixos números de posições de liderança ocupados por mulheres e na valorização de qualidades masculinas para o alcance de resultados”, destaca.
Todavia, abrir espaço para elas e outros grupos é uma decisão estratégica para o negócio. “Se não houver inclusão intencional das mulheres nas operações criativas, decisórias ou em projetos, dificilmente haverá espaço para a diversidade. Sem ela, não existirá colaboração e portanto, segurança psicológica”, argumenta Patrícia.
3 dicas para criar ambientes de trabalho inclusivos
No Nube, cerca de 70% da liderança é formada por mulheres fortes e inspiradoras. Para criar espaços seguros para elas e contar com suas expertises, é preciso prestar atenção em alguns detalhes. Veja as dicas da psicóloga:
1) Dê espaço de fala para todos:
Distribuir o espaço de fala de forma igualitária entre homens e mulheres é indispensável. Se necessário, uma estratégia é fazer um cronograma de adaptação até esta dinâmica se tornar habitual.
2) Perceba possíveis desconfortos:
É fundamental ativar a habilidade social para perceber possíveis desconfortos vivenciados pelas mulheres. Além do mais, é importante saber como identificar situações nas quais elas são tratadas com atitudes inapropriadas e iniciar um diálogo entre os envolvidos para solucionar quaisquer ruídos.
3) Pergunte e tenha escuta ativa:
Um ponto crucial é perguntar como elas gostariam de ser incluídas e tratadas. Não se deve pressupor nada, é fundamental questionar para se certificar da forma de conduta desejada e, quando necessário, estabelecer novos acordos de convivência e de funcionamento de time.
Enfim, seja para líderes ou colaboradoras, é preciso criar um ambiente igualitário de responsabilidades, onde todos vão contribuir e responder da mesma forma por iniciativas, indicadores e resultados da companhia. Para tornar o mercado de trabalho mais diverso, conte com o Nube!
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