Cada vez mais elas assumem papéis indispensáveis nas corporações. Isso porque, comprovadamente, as mulheres possuem uma governança justa e são ainda mais estudadas se comparadas com os homens. Entretanto, nem sempre o cenário foi assim e a força feminina passou pela superação de grandes paradigmas, existentes até hoje. Sendo assim, entenda mais sobre o assunto e fique por dentro de dicas valiosas!
Como está o mercado para as mulheres atualmente?
Apesar dos avanços visíveis, a presença das mulheres em cargos de liderança ainda é tímida. Segundo uma pesquisa, realizada pela Universidade da Geórgia, 70% das executivas já sentiram uma fraude no trabalho. Ainda, dados da consultoria KPMG
mostraram: a síndrome do impostor abala a confiança de 75% delas no mercado.
Nesse cenário, elas enfrentam dificuldades para se estabelecer em cargos do alto escalão. Dentre as 700 entrevistadas, 56% temiam o quanto as pessoas ao seu redor não acreditassem em como elas eram tão capazes quanto o esperado. Já o relatório do Fórum Econômico Mundial, sinaliza um índice alarmante, vamos levar 136 anos para atingir a equidade de gênero.
Consoante a Ana Tomazelli, psicanalista e CEO (Chief Executive Officer) do Ipefem (Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas), essa realidade precisa ser mudada. “Infelizmente isso é muito comum entre as lideranças femininas, porque ainda existe o estereótipo de como a mulher é o ‘sexo frágil’, ressaltam como somos mais emocionais se comparadas com racionais. O grande erro está em não observar o contexto. Nossa sensibilidade dentro das corporações é benéfica, pois tendemos a desenvolver um papel essencial na construção de um ambiente acolhedor, criativo e com alta performance”, ressaltou.
Considerando esse senso de urgência, o Opinion Box, em parceria com a StarSe, elaborou um panorama de estudo sobre o assunto. Com o título “Liderança Feminina: a visão delas sobre os desafios de gestão”, desenvolveu-se o objetivo de compreender quais são as principais barreiras mentais enfrentadas pelas mulheres durante suas jornadas laborais.
Como resultado, entre os 15 obstáculos identificados, chamam atenção o fato de muitas terem receio de falar de suas conquistas. Conforme o levantamento, 52% das líderes afirmaram possuírem esse medo por parecerem vaidosas e orgulhosas demais e 46% consideram um desafio recorrente lidar com o estereótipo de como as mulheres são demasiadamente emocionais.
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Como incentivar a força feminina no mercado de trabalho?
Tendo em vista essa realidade e por essa razão, faz-se necessário a elaboração de programas focados em desenvolver as mulheres. Um estudo feito pela Diversity Matters mostrou: companhias com lideranças equilibradas possuem 14% a mais de chances de obter uma performance superior à concorrência.
Isso mostra uma necessidade no ambiente empresarial. “A máxima ‘ninguém nasce sabendo’ deve ser a força motriz para as empresas investirem em ações voltadas a promover cada vez mais inserção de mulheres em cargos de liderança”, comentou Ana.
Para isso, é preciso dar a primeira oportunidade para iniciar a quebra de paradigmas. “Também é importante elas almejarem essa função, se prepararem e se capacitarem. Existem muitas formas de fazer isso, cursos, livros, palestras, e, principalmente, coletivos de apoio”, explicou Ana.
Isso porque é motivador ver grandes empresas se comprometendo com essa causa. No Nube, por exemplo, mais de 50% da gestão é formada por mulheres fortes e inspiradoras. Ainda, o Nubank recentemente compartilhou seu compromisso em ter 50% da liderança formada por elas até 2025.
Essas estatísticas são forças motoras para inovação. Inclusive, a pesquisa feita pela Opinion Box relevou: 64% das respondentes acreditam no quanto essa situação irá melhorar na dimensão empresarial, considerando as ações de incentivo. Por isso, é fundamental estimular cada vez mais essa temática.
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As empresas possuem papel fundamental quando o assunto é liderança feminina
Como citado, as instituições são essenciais para lutar em prol desse tema. Além do mais, os homens devem ser suporte para alcançar esse objetivo, principalmente em segmentos mais masculinizados. Essa é a ideia de uma das maiores holdings do mercado de construção civil, a MRV&CO. Recentemente, anunciaram a intenção de elevar para 45% a presença feminina nas posições de poder, além de ampliar para 30% o total de trabalhadoras nos quadros fixos.
Para o CEO da MRV&CO, Eduardo Fischer, essa transformação já vem acontecendo e necessita de aumentar ainda mais. "Em um setor predominantemente masculino, como o nosso, precisamos desconstruir vieses enraizados e assumir as responsabilidades", afirmou.
Isso, inclusive, é extremamente benéfico para os negócios. "Se queremos uma companhia plural, em produtos e em clientes, precisamos ser diversos no time. Quanto mais formos, mais facilidade teremos para nos aproximarmos dos nossos consumidores e influenciar positivamente o mercado no qual estamos", exclamou.
De acordo com a informação mais recente do Ministério da Economia (Rais 2016), as mulheres representam apenas 9,9% dos profissionais da construção civil. Quanto à presença feminina em conselhos de empresas, estudos do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) apontam: em média, no Brasil, esse número é próximo de 11%.
Ou seja, para cada 10 conselheiros há apenas uma única representante do sexo feminino e isso é visto nas mais diversas fotografias espalhadas. Para mudar essa realidade, é preciso começar de dentro das instituições, iniciando comitês de pluralidade e investindo em mais vagas voltadas para as mulheres.
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