Uma organização com uma gestão de pessoas bem estruturada é capaz de criar um ambiente motivador e reter frutos positivos. Para isso, a chefia é parte fundamental para desenvolver um time espelhado na cultura, objetivos e motivações dispostas. Nessa busca por otimizar o potencial e promover o crescimento individual dos estagiários e aprendizes, gestores eficazes tornam-se figuras essenciais para extrair o melhor das pessoas ao seu redor. Eles compreendem como o verdadeiro sucesso não está apenas em liderar com autoridade, mas em criar um ambiente inspirador e de desenvolvimento. Saiba mais sobre esse tipo de administração para conquistar vitórias no mercado.
A função de um multiplicador
Com o conceito de multiplicadores, as posições de poder podem identificar dons ocultos, promovendo uma cultura de aprendizado contínuo, delegando responsabilidades, fornecendo feedback construtivo e incentivando a colaboração. Assim, é possível criar um ciclo virtuoso, permitindo aos subordinados florescer e impulsionar o crescimento empresarial. “Esses gestores sabem aproveitar as virtudes dos subordinados ao seu redor para alcançar resultados extraordinários, criando um ambiente no qual as pessoas se sentem seguras, valorizadas e motivadas a contribuírem com o seu melhor. Eles são habilidosos em estimular a geração de ideias, desafiar suposições e estabelecer expectativas elevadas para seus times”, revela Tatiany Melecchi, CEO Fundadora da Consultoria Transforma People & Performance.
Para ela, alguns princípios devem ser seguidos para ter êxito no percurso. “Eles atraem pessoas competentes para suas equipes e as posicionam onde podem agregar da melhor forma possível, reconhecendo e valorizando o potencial único de cada um. Além disso, criam um local de ofício onde todos se sentem encorajados a pensar e agir de forma independente, oferecendo autonomia e espaço para os indivíduos assumirem responsabilidades e tomarem decisões”, relata.
Dessa forma, chefes nessa linha de ação apresentam características específicas e únicas. “Estabelecer desafios significativos para suas equipes os incentiva a ultrapassar seus limites e alcançar o máximo potencial, inspirando pessoas a superarem obstáculos e buscarem a excelência. Também costumam envolver seus grupos em discussões ricas e construtivas, estimulando a diversidade de ideias e perspectivas. Além disso, investem no crescimento, oferecendo suporte, orientação e recursos para capacitar profissionais”, pontua a especialista.
A liderança negativa
Por outro lado, existem as chefias "diminuidoras", responsáveis por reprimir a inteligência do pessoal à sua volta. “Eles podem dominar as conversas, adotar uma postura de microgerenciamento ou deixar de criar oportunidades para o crescimento mútuo. Tendem a se concentrar mais em sua própria experiência e controle, ao invés de aproveitar os prodígios. Normalmente, acumulam recursos e não permitem os outros alcançarem seu pleno potencial, criando um lugar tenso e opressivo. Isso prejudica a criatividade e a inovação. Com essas características, acreditam saber tudo, ignorando as ideias e contribuições. Assim, tomam decisões abruptas e centralizadas, sem considerar o impacto em toda a organização”, alerta a CEO.
Na opinião de Tatiany, esse tipo de ação é prejudicial para a instituição como um todo. “A busca para obter resultados controlando excessivamente cada aspecto do trabalho irá inibir a autonomia e a iniciativa dos membros. Reconhecer esses comportamentos negativos é o primeiro passo para evitá-los e promover uma liderança mais eficaz e inspiradora. Ao adotar uma postura oposta a esses princípios, podem se tornar multiplicadores, ampliando as capacidades”, indica.
O bem estar da equipe dá bons retornos à entidade
De acordo com a pesquisa da consultoria Robert Half, 89% das companhias reconhecem como bons resultados estão diretamente ligados à motivação e à felicidade dos envolvidos. “A liderança catalisadora potencializa uma equipe. A frase: ‘a palavra convence, mas o exemplo arrasta’ se encaixa perfeitamente nas ações de um líder, a partir de suas atitudes os empregados se inspiram e entendem o propósito de seu trabalho, apoiando o crescimento da firma. Uma gestão estruturada encoraja os funcionários a despertarem o melhor de si, estabelece responsabilidades, coordena e transforma a estratégia em ação, resultando em um lugar mais amistoso”, explica Rafael Somera, CEO da Solutudo.
Nesse sentido, um mestre catalisador se preocupa com o bem estar e aprimoramento de seus subordinados, com o entendimento de como o sucesso de cada um deles vai além de um objetivo pessoal, tratando-se de um estilo de vida dentro ou fora do ofício. Ele é o responsável por manter o funcionamento dos processos com produtividade e motivação. Ainda segundo a pesquisa da Robert Half, 94% dos entrevistados dizem ter a satisfação influenciada pela atuação dos superiores.
A felicidade do trabalhador importa!
De certo modo, as pessoas passam mais tempo no escritório ante suas casas e, ciente disso, é essencial haver um relacionamento saudável. Conforme uma análise feita pela Fhinck, a partir de uma base de 8 mil profissionais de grandes companhias, a jornada média de ocupação do brasileiro aumentou, bem como o período de atividade digital e a quantidade de reuniões. A trajetória, por sua vez, passou de 60 horas semanais, um acréscimo de 6,7%, e a quantidade de encontros aumentou 20%, mesma porcentagem de elevação detectado em comunicação escrita, com o envio de e-mails e chats corporativos.
Neste sentido, atuar com alegria é um dos motivos para a melhora na eficácia, acarretando em um clima saudável. Pensando nisso, o CEO, pontua cinco práticas imprescindíveis. Confira:
- Instigar os contratados a reflexão, por meio de perguntas;
- Fornecer um retorno periodicamente;
- Solicitar ideias para solucionar um problema;
- Incentivar a independência no pensar, sentir e agir;
- Ter mentalidade centrada, para gerar treinamento.
No geral, é preciso compreender como atitudes baseadas na autogestão e autonomia, com liberdade de expressão, sentimentos e ideais dão um retorno interessante. “Tudo isso é movido por um propósito forte de mostrar o impacto e a importância de uma pequena empresa na sociedade”, encerra Rafael. Por fim, o executivo reforça como a cultura de um local é reflexo da sua prosperidade.
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