Prestar o vestibular é uma das ocasiões mais marcantes de nossas vidas. A tarefa é difícil não somente pela dedicação e foco exigidos para se alcançar um bom desempenho, mas também porque envolve pressão emocional e dúvidas sobre a carreira a ser seguida. Essa etapa tem muita relevância, pois é o primeiro passo para se tornar um estagiário, ingressar no mercado e dar início a uma carreira bem sucedida.
Como ter bons resultados estudando on-line?
Os maiores desafios de quem estuda on-line giram em torno do comportamento social e do engajamento. Se desvencilhar de práticas como o adiamento de tarefas, para muitas pessoas, pode não ser algo simples, pois demanda um grande esforço e o resultado só é perceptível a longo prazo.
É fundamental os alunos possuírem estratégias de produtividade para aumentar o rendimento e potencializar o processo de aprendizagem. Para maior eficiência acadêmica, o COO da Gama Pré-Vestibular, Lorenzo Tessari, elencou algumas práticas para serem empregadas.
Elabore o plano de estudos com antecedência:
É necessário estabelecer um tempo líquido possível para se dedicar, ou seja, devem ser retirados dos momentos de aula, atividades extra-curriculares e cuidados pessoais. Vale ressaltar: no início de uma rotina, sempre deve ser priorizada a formação do hábito e não a intensidade. Por isso, o plano deve evoluir gradualmente.
Reduza o tamanho das tarefas:
Uma atividade mais demorada é encarada como de alto esforço e de recompensa tardia pelo cérebro. Por isso, fragmentar as tarefas em pequenos pedaços ajuda na conclusão delas de forma eficaz e otimizada.
Estabeleça metas palpáveis e claras no plano de estudos:
Quanto mais a meta for específica, mais fácil de cumprí-la.
Mantenha um espaço na agenda para possíveis imprevistos:
Imprevistos acontecem e, por isso, é importante manter um momento ao final da semana para cumprir o conteúdo atrasado. Isso funciona como uma válvula de escape e reduz a ansiedade quando não é possível seguir fielmente o plano.
Encontre um ambiente adequado para as tarefas:
O espaço interfere tanto na procrastinação quanto na manutenção do foco. Na aula on-line, o aluno pode fechar a câmera e se comportar como quiser sem haver um controle para isso. Dessa forma, a capacidade do professor de conquistar a atenção e um local propício para isso são aspectos fundamentais.
De acordo com Tessari, as instituições devem dar um suporte pedagógico quase incondicional para os alunos. “O modelo virtual reduz custos, logo, o serviço pode ser aprimorado em compensação. É necessário oferecer acompanhamento de um mentor ou pedagogo para guiar o discente nesse processo”, explica.
Para o COO, outra forma de auxílio é aplicar metodologias ativas envolvendo engajamento nas atividades. “Hoje, já existem inúmeras plataformas nesse sentido e podem ser acopladas ao método escolar. De qualquer forma, os jovens precisam alinhar o seu objetivo final, seja aprovação em um vestibular, concurso ou passar de ano na escola/faculdade”, complementa.
A matemática pode ser divertida
Para a assessora pedagógica da Matific Brasil, Nádia Moya, por muito tempo, a matemática foi tratada como uma simples transmissão de conhecimento. “O professor fala enquanto o aluno escuta e decora, mecanicamente, fórmulas e técnicas. O aprendizado metódico e baseado na repetitiva resolução de exercícios contribui bastante para os alunos não gostarem da matéria e, inclusive, a temam”. Pensando nisso, ela dá cinco dicas de como tornar a matemática mais atraente para os jovens.
Utilizar as ferramentas disponíveis:
Para despertar o interesse do estudante, os docentes devem levar o assunto de forma mais lúdica. “A melhor forma de fazer isso é utilizando diferentes recursos para tornar tudo mais profundo e convidativo, podendo-se trazer gráficos, vídeos, músicas e jogos para a sala de aula”. Introduzir a tecnologia também é essencial, pois ela faz parte do cotidiano e, por meio dela, os jovens são capazes de exercitar outros saberes, como a lógica e o raciocínio.
Contextualizar e personalizar o aprendizado:
Oferecer exemplos e problematizações para ensinar conceitos contextualiza o conhecimento, além de ser uma ótima forma de tornar a disciplina mais familiar. Ao utilizar situações personalizadas, como algum evento realizado e datas comemorativas, constrói-se um sentido a tudo aquilo.
Estimular a participação do aluno no aprendizado:
Quando a pessoa entra em ação, raciocinando e tendo contato com o conteúdo de maneira orgânica e natural, o processo se torna participativo e reflexivo. Para Nádia, fazer uso de jogos on-line é uma excelente forma de colocar isso em prática de forma divertida e descontraída. Segundo ela, esses games trazem uma disciplina não-punitiva, trazendo desafios e entendendo a auto superação. Assim, o erro não leva à desistência, mas a novas tentativas. A persistência, então, proporciona um aprendizado gradual, respeitando o ritmo de cada educando.
Protagonismo e autonomia:
Estimular o protagonismo também aumenta a sensação de pertencimento. “Um percurso possível é proporcionar situações onde os indivíduos preparam problemas para seus colegas resolverem. Com isso, a autonomia e o domínio do conteúdo são amplificados. Afinal, para transmitir o saber, ele precisa compreendê-lo”, sugere a assessora.
Matemática no cotidiano doméstico:
Os familiares também podem fazer parte dessa dinâmica, introduzindo conceitos da rotina à realidade acadêmica. Por exemplo, a relação entre regras de três e as compras semanais de mantimentos ou de porcentagem versus inflação. Ela também indica exemplos de como utilizar números no dia a dia: “É possível usar a criatividade e brincar com peso, altura, número dos calçados e das roupas”, complementa a especialista.
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