Hoje, dia 23 de abril, é celebrado o Dia Mundial do Livro. Elaborada pela Organização das Nações para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a sua finalidade é incentivar a leitura e a discussões relacionadas com os direitos legais. Além disso, essa é uma grande homenagem para três grandes nomes da literatura mundial, falecidos na data em questão: William Shakespeare, Miguel de Cervantes e Inca Garcilaso de La Vega. Nesse contexto, é importante ressaltar como essa prática é fundamental para o desenvolvimento intelectual e proporciona o acesso a diferentes culturas, realidades e histórias. Sendo assim, elencamos títulos desses fenômenos para estimular novas ideias e aprendizados. Confira!
“Romeu e Julieta”, de William Shakespeare
Com a criação estimada entre 1593 e 1594, essa clássica peça de William Shakespeare atravessou gerações e assumiu o papel de uma obra-prima da literatura ocidental. A narrativa, passada no interior da Itália, protagonizada pelo jovem casal apaixonado, Romeu Montecchio e Julieta Capuleto. No entanto, as duas famílias tradicionais são brigadas e existe todo um conflito em volta desse romance iniciado durante um baile de máscaras no qual apaixonaram-se perdidamente. Ao longo desse relacionamento proibido e idealizado, eles casam-se às escondidas. Essa é uma trágica história de amor onde a catastrófica morte dos protagonistas comove qualquer tipo de leitor.
Apesar de antiga, o texto continua extremamente moderno até os dias de hoje. Afinal de contas, a comercialização do enredo é uma das mais marcantes da literatura. Está afim de aumentar seu repertório e conhecer mais um clássico? Então, não deixe para depois!
“Dom Quixote”, de Miguel de Cervantes
Publicada em duas partes, essa obra de Miguel de Cervantes, escritor espanhol, conta a história de Dom Quixote de La Mancha. Com os lançamentos em 1605 e 1615, o título obteve um êxito súbito entre compradores de diversas origens com a sua tradução para o inglês e francês. Sendo considerado o maior marco da literatura espanhola e segundo livro mais lido em todos os tempos, esse foi o primeiro romance moderno e influenciou incontáveis gerações de autores subsequentes. Inclusive, os personagens saíram do livro para o imaginário contemporâneo e são representados constantemente em pinturas, poesias, cinema, músicas, entre outras manifestações. No decorrer das páginas, são apresentadas as aventuras e desventuras de Dom Quixote, um homem de meia idade decidido a tornar-se um cavaleiro andante depois de ler inúmeros romances sobre a cavalaria.
A partir daí, ele providencia um cavalo e armadura, gritando aos quatros ventos para provar seu amor por Dulcinéia de Toboso, uma mulher imaginária. Em sua trajetória, encontra Sancho Pança, seu fiel escudeiro em busca de ser recompensado um dia. Nessa mistura de fantasia com realidade, transforma obstáculos banais em gigantescos exércitos de inimigos. Após ser derrotado várias vezes, recebe o apelido de “Cavaleiro da Fraca Figura” e mesmo assim se recupera e insiste nos seus objetivos. Quer conhecer essa dupla tão querida pelo mundo da ficção? Confira já essa leitura!
“Comentarios Reales de los Incas”, de Inca Garcilaso de La Vega
Inca Garcilaso de La Vega foi um cronista e escritor peruano de ascendência espanhola e inca, popularmente conhecido como Príncipe dos escritores do Novo Mundo. Diretamente da época das crônicas pós-toledanas, durante o período colonial do Peru, ele desenvolveu o seu título mais renomado “Comentarios Reales de los Incas”. Esse manuscrito histórico-literário aborda costumes e tradições da nação na antiguidade, sendo também considerado o canto da escritura da nacionalidade peruana. Na esfera historiográfica, teve expressiva influência sobre os historiadores. Por meio da compilação de documentos e informações orais sobre o povo, peças fundamentais para a consolidação de sua memória cultural. Essa produção estabeleceu a sua fama e contribuiu para divulgação dos hábitos e costumes desses nativos, tema exótico e de grande interesse dos europeus na época.
Diferentemente dos muitos autores internacionais, Garcilaso de La Vega diferencia-se pela real percepção e pesquisa sobre as idiossincrasias dessa comunidade latino-americana. Para demonstrar sua autoridade, destacou o fato de ser descendente dos antigos governantes peruanos, fluentes em sua língua (quechua ou runasimi). Outro ponto questionado por ele é a negação do fato de os sacrifícios humanos serem feitos sob os incas, na tentativa de criar uma imagem idealizada. Essa era uma prática ancestral anterior ao império cuja missão era justamente civilizar os povos bárbaros. Apesar da incompatibilidade de algumas datas, essa foi a melhor tentativa de salvaguardar as tradições da civilização andina. Está interessado em acrescentar mais esse repertório sociocultural na sua lista? Portanto, não perca mais tempo e faça já essa leitura!
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