O sistema educacional brasileiro passa por um momento de reformulação total. Esse movimento era necessário e desejado por muitos há anos. Com a chegada da pandemia, a tecnologia passou a fazer parte mais ativamente desse cenário e, apesar dos pontos positivos, o despreparo acabou afetando muitos jovens. Desde 2021, é aplicado também o Novo Ensino Médio, trazendo vários benefícios para o futuro. Sendo assim, é preciso encontrar o equilíbrio para atingir um nível de satisfação elevado.
A volta das aulas presenciais
De acordo com a Pesquisa Jovem Covid-19, 51% dos matriculados no ensino médio tiveram uma boa experiência estudando remotamente. No ensino médio técnico houve empate: 42% dos estudantes consideraram a situação negativa e 42%, positiva. No entanto, 55% de quem está matriculado em um curso superior gostaram do EaD.
Na 1ª onda, 75% dos alunos tiveram aulas a distância. Na 7ª, período mais letal da doença no Brasil, esse número atingiu 85% e, hoje, apenas 23% seguem em casa. Em relação ao modelo presencial, entre a 1ª e 5ª ondas, o patamar foi zero. Na oitava onda, 30% já haviam retomado e, agora, o número dobrou: 60%.
Com o avanço da vacinação e a retomada das atividades, as pessoas estão voltando à sua caminhada acadêmica e profissional de forma mais intensa. Na mesma medida, estão mantendo os cuidados de higiene para evitar contágio, como o uso de máscara (84%) e álcool em gel (91%), lavagem das mãos com frequência (88%) e distanciamento social (41%). “Isso mostra a consciência sobre a permanência dos perigos e como essa atenção é importante para preservar a saúde delas e de seus familiares”, ressalta o superintendente executivo do Ensino Social Profissionalizante - Espro, Alessandro Saade.
Se nos estudos a resposta foi negativa, no trabalho em home office, a vivência foi legal para 78%. Dentre quem enfrentou essa situação, 68% preferem a jornada inteiramente remota ou híbrida. Contudo, essa realidade está mais distante dos cidadãos de baixa renda. Também, muitos deles passaram a atuar como arrimo de família, tendo sua remuneração como a única ou a principal fonte de renda. Segundo a pesquisa, quanto menor a remuneração mensal, maior a probabilidade de ter atuado de maneira presencial durante o período de disseminação do vírus.
Ainda conforme o levantamento, os mais pobres sofreram o maior impacto perdendo seus postos no mundo corporativo. Na faixa de até um salário mínimo, 16% foram dispensados e 37% tiveram algum parente com essa dificuldade. Nesse sentido, o estágio surge como uma ótima solução. Além do estudante ser inserido no mercado de trabalho e viver diariamente a sua futura profissão, ele também é treinado de acordo com a cultura da organização e pode se tornar um executivo do negócio nos próximos anos.
No dia 18 de agosto, inclusive, é comemorado o Dia do Estagiário. Para quem já tem essa oportunidade e cultiva o sonho de ser efetivado, o diretor publicitário da Minds Idiomas, Renato Garcia, dá algumas dicas:
Atue com seriedade: esse é o momento para se aprofundar mais sobre uma área na prática. É uma excelente chance de aprender com pessoas mais experientes.
Não faça parte do grupo de fofoca: não deixe o bate-papo ou a fofoca influenciar na sua produtividade. Faça o seu melhor independente da sua função.
Cumpra as regras e práticas da empresa: antes de tudo você precisa saber a missão, os valores e missão da corporação para entender os estilos de processos e políticas.
Demonstre empatia e humildade em querer aprender: você pode perguntar sobre algo e aperfeiçoar. Além disso, manter um relacionamento amigável é essencial para as tarefas fluírem de forma mais leve.
Procure mais conhecimento e especialize-se: ao demonstrar a vontade de se especializar, novas oportunidades são ofertadas e a chance de ter uma vaga fixa se torna mais acessível. Estudar o inglês, por exemplo, é de extrema relevância para o seu currículo.
Apesar do avanço da vacinação para Covid-19 entre as crianças e adolescentes, doses de reforço para os mais idosos e queda considerável no número de mortes, a maioria dos discentes continuam estressados, cansados e desanimados. Em abril de 2020, 89% deles estavam mais ansiosos. Dois anos depois, o resultado atingiu 93%. Sobre a desmotivação, 85% estão com esse sentimento.
Atividades extraclasse aumentam o interesse
Atividades fora da sala de aula contribuem de maneira decisiva para o reforço do conteúdo das disciplinas em todas as fases da educação. Segundo a Western Sydney University, as habilidades desenvolvidas em ambientes externos permanecem com os participantes e melhoram seu desempenho na vida acadêmica, além de ampliar o envolvimento e o interesse pelas aulas em mais de 90% e melhorar o comportamento de mais de 80%.
Ir para o estudo em campo é parte importante da formação para a associação da teoria com a prática e interação com outros colegas e professores. Esse processo ajuda a entender melhor as aulas. “É a chance de experimentar possíveis erros e soluções de forma segura com supervisão dos profissionais”, afirma o professor de Engenharia e Arquitetura da Esamc Santos, Alessandro Cardoso.
Para ele, o conteúdo convencional é a primeira parte dessa caminhada. “Antes, deve-se alimentar o repertório, conhecer, ler e visualizar. O segundo passo é experimentar, associar, assimilar. Por fim, o aluno estará preparado para discutir, criticar e melhorar”, aponta.
Essa iniciativa instiga o indivíduo a querer mais, a debater as informações e gera expectativas, conforme o professo. “Leva, assim, à discussão dos problemas pelas soluções já apresentadas, gerando propostas para novas possibilidades, de acordo com o repertório de conhecimento desenvolvido”, diz.
Portanto, se capacite, busque alternativas, fique por dentro dos assuntos em alta e das tendências da profissão a qual deseja seguir. Dessa forma, você estará apto a ser um bom estagiário e, consequentemente, conquistar seu espaço como efetivo na companhia. Se está em busca dessa oportunidade, acesse o nosso painel de vagas. Boa sorte!