Não existe idade certa para querer acertar na carreira, isso pode ser pensado em uma fase de transição ou mesmo para escolher a primeira faculdade. Contudo, como evitar as decisões equivocadas? É importante ter certeza dos objetivos e também planejar a jornada. Então, jovens e anciões por uma vaga de estágio ou aprendizagem, atentem-se às dicas!
Qual carreira seguir? Como fazer essa escolha?
Você é feliz em seu trabalho? Para 72% dos brasileiros, a profissão atual não lhes traz satisfação e, assim, desejam buscar um cargo o qual proporcione mais valor para a vida, segundo dados da pesquisa Isma Brasil. “Tendo de decidir essa jornada sendo ainda tão jovem, não são os raros os casos de quem se frustra. Por isso, acrescento um alerta valioso para a necessidade de revermos questões centrais sobre esse modelo”, diz o sócio da Wide, Fernando Poziomczyk.
Muitos jovens se sentem pressionados a definir sua caminhada laboral, principalmente durante o ensino médio. “De fato, alguns já demonstram interesse genuíno em determinada área – em muitos casos, baseados em históricos de seus próprios familiares. Porém, em sua grande maioria, a pressão com tão pouca idade pode ser indício de grande decepção futura”, complementa o dirigente.
Inclusive, de acordo com levantamento do Nube com mais de 28 mil participantes, existem outras motivações nessa fase. Veja:
- A remuneração e chances de crescimento (36,12%);
- Pesquisas realizadas sobre essa carreira (29,42%);
- Orientação de profissionais com base em minhas características pessoais (24,85%);
- O status dessa área na sociedade (7,19%);
- A opinião de amigos e familiares (2,41%).
O estágio é uma grande oportunidade
Para ele, quando comparado com exemplos internacionais, percebe-se como o modelo educacional brasileiro – incluindo o nível universitário – explora pouco as verticais profissionalizantes. “Ao invés de trazerem em sua grade conteúdos para evidenciar, ao máximo, a rotina de cada área, focam em materiais didáticos, os quais não unem a teoria à prática”, avalia o sócio.
“Logo, diante de mundos distantes, inconvergentes, as empresas passam a ter cada vez mais dificuldade para encontrar talentos preparados para lidar com as responsabilidades diárias”, continua Poziomczyk. Nesse sentido, o estágio é uma ótima alternativa, pois traz os conceitos para a execução e ainda é um aliado da educação.
Como resultado inevitável da disparidade ocasionada, mais da metade dos brasileiros desejam trocar de atuação. “Em meio a um sistema ainda fortemente generalista e pouco incentivador à experimentação, o melhor jeito de reduzir ao máximo medidas equivocadas, iniciando desde cedo um processo profundo de autoconhecimento”, ressalta o sócio.
Cada um tem um tempo
Vale lembrar: cada pessoa possui seu próprio tempo de compreensão e descoberta. Então, que tal ao invés de exigir “algo” significativo tão cedo, estimular tentativas? Para Poziomczyk isso minimiza o peso dos erros e busca captar, ao menos, o básico de informações dos setores mais alinhados com o perfil. “A partir disso, se reduzem as chances de selecionar a errada. Logo, muito além de descobrir os gostos, é preciso identificar aquilo os desgostos”, alerta.
Toda construção de ocupação depende de um conjunto de fatores e quanto maior for o entendimento acerca das habilidades, preferências e limitações, mais claro será a jornada a ser percorrida. “Para já tem uma bagagem e anseia fazer a transição, o caminho poderá ser ainda mais desafiador – mas, não deve ser encarado como motivo de desistência. Afinal, o brilho nos olhos é uma característica pouco superada pelo currículo”, afirma o especialista.
Uma coisa é evidente: as relações e ofícios estão mudando em alta velocidade. “Em substituição aos salários elevados, os valores e propósitos dos cargos serão alguns dos pontos mais decisivos daqui para a frente. Diante disso, quem focar em aprimorar o conhecimento sobre si próprio, suas ambições e sua visão de negócios, certamente terá mais chance de se agradar, com riscos reduzidos de ir para a opção incorreta”, finaliza o dirigente.
Como se qualificar?
Pensando nisso, como os jovens devem se preparar para terem melhores oportunidades no mundo corporativo? Tendo em vista como nos últimos dez anos, o número de desempregados nessa faixa etária cresceu no Brasil – especialmente entre 2015 e 2017, de acordo com um relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Segundo o instrutor de liderança na Udemy, Gustavo Farias, fazer uma graduação pode não ser mais suficiente para quem quer começar o labor. “A concorrência é acirrada e os estudantes precisam estar preparados com maestrias adicionais quando se formarem, se quiserem uma posição bem remunerada”, afirma ele.
Algumas dicas de Farias são fazer estágios para adquirir vivência prática, aprender a usar ferramentas e tecnologias populares, bem como tendências no ramo aspirado e fazer cursos on-line. “Um dos papéis dessas aulas virtuais é ajudar, com rapidez, os ingressantes a conseguirem aptidões para abrir novas portas”, sobrepõe.
Inclusive, nem sempre obter um diploma universitário é a melhor saída para quem busca a primeira oportunidade, de acordo com ele. “Para quem quer trabalhar na área de TI, por exemplo, pode ser mais interessante aprender uma linguagem de programação amplamente usada pelas entidades, como Python ou JavaScript”, sugere.
Para o instrutor, as destrezas específicas tendem a contar mais para os empregadores ao invés das graduações ou MBAs. Inclusive, com base nisso, o Nube conta com vários cursos EAD gratuitos para abrir os horizontes em relação ao mercado e com direito a certificado de horas complementares.
Quem quer se destacar entre os candidatos deve avaliar a concorrência e entender como ser diferente, segundo Farias. “É aprender uma habilidade incomum no setor? É dominar uma tecnologia a qual não se aprende na formação? O indivíduo precisa se fazer essas perguntas”, finaliza ele. Ademais, é necessário entender os principais problemas do setor atual ou o qual pretende atuar e, então, buscar soluções criativas para eles.
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