Muitas empresas estão procurando novos candidatos para seu quadro de funcionários e, ao mesmo tempo, diversos indivíduos estão buscando uma nova oportunidade. Por isso, é sempre importante estar atento às necessidades e skills do mercado. Então, se você quer estagiar ou ser um jovem aprendiz, continue lendo e anote as dicas.
Por onde começar?
É comum no decorrer de um processo seletivo, os candidatos procurarem diversas maneiras para impressionar os recrutadores. Assim, em meio ao desemprego no Brasil, com mais de 11 milhões de desempregados segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), as pessoas costumam buscar por maior preparo nessa hora para conquistar a tão sonhada vaga.
Essa capacitação vai além das convencionais frases prontas encontradas pela Internet. Segundo a consultora de carreira da Thomas Case & Associados, Glaucia Nasi, é necessário estar preparado para falar de suas experiências e competências com segurança, estabelecer um bom contato com o entrevistador, sempre com respostas claras e objetivas.
“É indispensável saber a descrição do perfil da oportunidade para alinhar suas expertises com as necessidades da companhia. Bem como, é primordial expor sua experiência de forma direta, sem modular uma apresentação em linguagem intencionada apenas para causar uma boa impressão. Por isso, a naturalidade e a espontaneidade são essenciais para não transmitir a ideia de discurso ensaiado”, destaca a especialista. Ou seja, contextualizar com a realidade, mencionando cases de maneira pontual para demonstrar coerência com o discurso.
Para ela, existem algumas “táticas” específicas para chamar a atenção, levando a maior chance de êxito. “Quando alguém quer demonstrar interesse no cargo, ele pode usar frases como: ‘achei essa possibilidade muito cativante e desafiadora e posso contribuir na geração de bons resultados’ ou ‘agradeço seu contato e fico à disposição se precisar retomar algum ponto’”, ressalta Glaucia.
Exemplos práticos!
Nesse sentido, a consultora de carreira separou algumas frases a serem utilizadas em determinadas situações durante uma entrevista, as quais podem ressaltar o indivíduo em meio a concorrência. Veja:
Para evidenciar as habilidades
- “A minha vivência pode contribuir com o crescimento da área porque tenho visão sistêmica e estratégica”;
- “Gosto de atuar em parceria, não só com minha equipe, mas também com as demais áreas, porque sei o valor da sinergia para ter resultados mais efetivos”;
- “Desenvolvi processos para contribuir para a performance da equipe, redução de custo, ampliei a carteira de clientes, melhorei a qualidade, diminui tempo da operação, desenvolvi fornecedores, reduzi prazos, estabeleci maior integração e proximidade junto aos meus pares, melhorando os resultados”.
Para demonstrar conhecimento sobre a empresa
- “Tenho acompanhado o mercado e observei isso, portanto, é importante desenvolver planos com ações focados em novas parcerias, produtos e processos customizados”;
- “Os concorrentes da marca se posicionam com estratégias…”;
- “Há potencial de crescimento junto às regiões ‘A’, ‘B’, ‘C’”;
- “Li uma matéria sobre...”.
Perguntas chaves para qualquer setor/cargo
- “Quais as principais dificuldades do cargo?”;
- “Quais são os maiores desafios em curto e médio prazos?”.
A comunicação é imprescindível
Sendo assim, a comunicação é parte fundamental nas relações humanas. Concorda? “Contudo, o nervosismo e a timidez podem atrapalhar a fala, transformando esse processo simples em algo pouco natural e a ser superado. O fato é: na vida, todos sempre estão sujeitos a julgamentos e, com isso, algumas naturalmente se fecham em vez de tomar atitudes para enfrentar o problema”, diz a fonoaudióloga, fundadora e CEO do Clube da Fala, Laila A. Wajntraub.
Demonstrar os sentimentos é fundamental para conseguirmos quebrar barreiras e nos aproximar dos outros. “A ansiedade é uma dessas emoções intrínsecas do ser humano, mas claro, uns se sentem mais pressionados em relação aos outros”, complementa a dirigente.
É claro, é normal ficar tenso em alguns momentos de nossas vidas, mas existem maneiras de “treinar” isso para se preparar. “Exercícios respiratórios e o controle da saída de ar dos pulmões, são alguns exemplos. É possível dominar esse estresse e usá-lo ao nosso favor em reuniões, apresentações e entrevistas”, explica a fonoaudióloga.
A empatia é uma aliada
Sobretudo, a empatia é a chave para desbloquear a humanização nesse processo. “Logo, exercitar essas habilidades, entender o outro lado, passa a ser melhor ao invés de ficar introvertido e robotizado”, avalia a CEO.
Outra parte crucial é o autoconhecimento. “Quando uma pessoa fechada percebe não estar sozinha nessa realidade, ela começa a entender sua parte em algo, existe uma abertura para buscar melhorar essas habilidades sociais”, descreve Laila.
Por fim, vai uma dica de ouro: vale sempre apostar na simplicidade. “Muitos preferem usar uma linguagem rebuscada em apresentações corporativas, por exemplo, e isso acaba deixando o momento ainda mais agitado. Por isso, o ideal é sempre atribuir a clareza à fala. Aposte no básico, seja objetivo e se faça entender”, finaliza a fonoaudióloga.
Tanto no presencial, quanto on-line, é fundamental preservar sua essência o tempo inteiro. Seja autêntico e verdadeiro. Todo indivíduo tem a posição e empresa ideal, conforme seu perfil, experiência, como pensa e age. É como a expressão “toda panela tem sua tampa”.
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