A “vida financeira” é um dilema o qual acompanha muitas pessoas, adultos e adolescentes. Em especial, no clima de final de ano, muita gente se descompensa e gasta além do rendimento. Assim, principalmente, para estagiários e aprendizes, iniciando suas carreiras e jornada monetária, agora, é preciso tomar cuidado para não se afundar em dívidas.
Cuidados individuais
Viramos o ano de 2022 com expectativas melhores para o mercado de trabalho e a economia, mas vale lembrar ainda da alta da inflação para itens básicos do dia a dia. “Além disso, tem quem já chega embaraçado e complicam ainda mais as finanças com IPVA, IPTU, matrícula, material escolar, entre outras”, comenta o PhD em educação financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos.
Por isso, segundo ele, nesse período é fundamental promover uma “faxina” no orçamento, tentar minimizar despesas e implantar imediatamente a educação financeira. O objetivo é progredir e não repetir mais o problema. Nesse sentido, o expert elencou algumas sugestões valiosas. Confira:
- Registre mês a mês os compromissos do ano (aniversários, dia das mães e afins, além dos compromissos fixos e indispensáveis como IPVA, IPTU, seguro do carro, etc.). Se houver prestações já assumidas, você deverá anotar também;
- Elabore um planejamento com: ganho (-), sonhos/metas e (-) despesas;
- Estude ou procure alguém para te ajudar a investir o dinheiro. A curto prazo: tesouro direto e caderneta de poupança. Médio prazo: CDB, tesouro direto e fundos de investimentos, por exemplo. Longo prazo: tesouro direto, previdência privada e ações.
Veja só: “nas famílias brasileiras, existem excessos de despesas de, em média, 20% (energia elétrica, água, alimentação, telefone, etc.). Então, é preciso realizar um diagnóstico minucioso por categoria pelo período de 30 dias, incluindo até mesmo o cafezinho e as gorjetas. Dessa forma, você descobrirá para onde está indo cada centavo do seu montante”, explica Domingos.
Como funciona para as empresas?
Já a nível empresarial, quando um empreendedor coloca em prática suas ideias e abre um negócio, passa a ter a responsabilidade de gerir e para muitos, encarar a parte administrativa pode ser desafiador. Isso acontece porque seu perfil é diferente de um empresário.
“Sendo assim, é natural enfrentar dificuldades com gestão. Isso sem contar com a defasagem educacional do país, a qual não proporciona um conhecimento adequado do assunto nas escolas”, afirma o especialista em gestão e finanças, Francisco Barbosa Neto. Entretanto, de acordo com ele, com um pouco de determinação e disciplina é possível entender os conceitos básicos e prosseguir com sucesso.
Nesse sentido, ele também deu algumas dicas de ouro para líderes e gerentes. Observe:
- Não tente fazer tudo sozinho - delegue o quanto puder para não depender exclusivamente de você. Com isso, saia do operacional e vá para o estratégico.
- Desenvolva os seus colaboradores - sua equipe precisa estar alinhada com o propósito da marca e bem preparada para o serviço. Para isso, treine-os e invista no motivacional.
- Valorize o seu cliente - procure entender os anseios e necessidades por trás da busca pelo seu produto, mercadoria ou serviço.
- Controle o seu estoque - em vez de desembolsar além do caixa da entidade, faça uma análise para verificar qual é a média de vendas de cada item, qual é a margem bruta, o prazo de reposição e programe o abastecimento. Isso aumentará o seu capital de giro.
- Personalize a sua gestão - cada companhia é única e as causas da falta de liquidez variam bastante. Consequentemente, os métodos de um comando podem não funcionar para outro.
Portanto, independentemente de razão física ou jurídica, deixar para trás velhos hábitos e implementar mudanças é uma grande instigação. Todavia, se colocar em prática essas estratégias, verá resultados significativos. Basta dar o primeiro passo.
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