Conforme a saúde financeira pessoal ganha relevância, as empresas enfrentam um desafio significativo: lidar com os impactos das dificuldades de seus colaboradores. Afinal, esse tema afeta diretamente a performance no trabalho e o clima organizacional. De acordo com a Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin) essa é uma das principais causas da queda de produtividade e da alta rotatividade nas corporações.
O impacto dos problemas financeiros nas equipes de trabalho
Para o presidente da Abefin, Reinaldo Domingos, “os problemas com dinheiro tendem a desconcentrar e tirar motivação dos indivíduos, em vez de focarem em suas responsabilidades profissionais”. As consequências são variadas. Elas incluem desde a redução no desempenho e aumento de faltas até uma maior taxa de turnover. Além disso, pode atrapalhar o engajamento de toda a equipe.
Segundo o especialista em gestão de pessoas, Celso Bazzola, as companhias devem adotar uma postura preventiva. “Uma gestão de recursos humanos com foco nessa questão pode transformar o cenário. Além de oferecer cursos, é necessário incorporá-la na cultura do local”.
Adotar programas de educação monetária pode trazer vantagens concretas, como:
Maior produtividade: funcionários com contas equilibradas demonstram maior comprometimento e envolvimento.
Redução do estresse: melhorias nesse aspecto refletem positivamente na saúde mental e física.
Atração e retenção de talentos: investir nesse sentido torna a empresa mais atrativa no mercado.
A relação entre educação financeira e saúde mental
Embora assuntos como saúde mental e finanças pessoais ainda sejam tabus para muitas pessoas, é essencial discuti-los. Ambos estão profundamente conectados, pois o dinheiro é indispensável para garantir necessidades básicas, como alimentação, moradia, educação, transporte, saúde e lazer.
Para a economista e CEO da NoFront, Gabriela Chaves, esse debate é uma ferramenta fundamental para a segurança e o bem-estar das pessoas. “Saber como gerenciar o dinheiro nos deixa preparados para imprevistos e manter uma qualidade de vida melhor”, afirma.
Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo - CNC, 67,3% das famílias brasileiras estavam endividadas. Para o cofundador da Inco Investimentos, Daniel Miari, essa questão tem um impacto direto no emocional da população. "Muita gente enxerga esse problema como sem solução, gerando medo, ansiedade, baixa autoestima e, em casos mais graves, depressão", explica.
Investir, mesmo com valores iniciais baixos, pode criar uma reserva financeira para emergências e oferecer maior segurança diante das incertezas econômicas. Gabriela recomenda uma abordagem estruturada para lidar com esse desafio. “É essencial começar com um diagnóstico detalhado da situação e priorizar os gastos essenciais, como saúde, alimentação e moradia. A partir disso, as pessoas podem planejar a quitação dos débitos, definindo prazos realistas”.
Outras estratégias incluem negociar com instituições financeiras com taxas de juros menores, reduzir despesas mensais e buscar fontes de renda extra. Além disso, a especialista enfatiza a importância de buscar apoio psicológico para lidar com o impacto causado pelas dificuldades.
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