Atualmente, muitas pessoas têm pressa em exercer imediatamente a função de liderança e, nesse momento, já ocorre um primeiro erro: um influenciador não é imposto, mas conquista seu espaço junto aos subordinados. Para isso, é preciso exercer a influência com muita empatia, estratégia e colaboração. Um bom dirigente é quem sabe delegar e ensinar.
Prepare-se
Nesse sentido, o Nube realizou uma pesquisa com 26.551 participantes, fazendo a seguinte pergunta: “você se considera apto a exercer um cargo de liderança em quanto tempo depois de contratado por uma empresa?”. Para 39,34% deles, a resposta foi “até completar o primeiro ano”, pois acreditam no seu potencial.
Essa é uma característica positiva de quem busca evoluir, mas é preciso ter cuidado com o ego. Já 28,40% expôs um período entre um e três anos. Somente 6,93% não almejam esse cargo, pois preferem “ser gestor das próprias funções”.
Pensando nisso, adaptar os conceitos e práticas ao novo normal é uma realidade necessária às corporações. Sempre foi importante se atualizar, mas agora é fundamental! Por isso, o CEO da Massimus e especialista em gestão e treinamento ágil, Heitor Roriz, listou algumas maneiras para os profissionais tornarem-se “cabeças” do século XXI. Veja:
- Comece exercitando a descentralização da tomada de decisões. É fundamental capacitar a equipe, apoiar, remover impedimentos e garantir a todos a autonomia.
- Incentive a galera a ter uma perspectiva geral do negócio. Ajude-os a focar na otimização do fluxo de valor.
- Concentre-se na melhoria de processos. Sempre haverá incertezas e elas não podem ser evitadas. Por isso, na resolução de problemas complexos permita a tomada de decisões do staff. Crowdsourcing é uma fonte extremamente poderosa de conhecimento.
- Esteja aberto para aprendizados e experiências. Quem gosta de inovar, pensa diferente e ousa soluções novas. Sempre há espaço para melhoria, nos últimos 20 anos uma infinidade de tecnologias e conceitos surgiram.
Para Roriz, é necessário realizar uma transformação profunda nas organizações, a qual só acontece por intermédio de pessoas. “A pandemia acelerou isso e gerou a necessidade de um novo perfil de chefe, chamado de liderança do futuro. Nosso propósito é mudar o universo corporativo criando uma moderna forma de gestão de negócios: a nova administração”, avalia.
Na era digital
Sendo assim, apesar de não existir receita pronta, há atitudes e mentalidades para preparar os indivíduos com essa aspiração e torná-los mais competitivos para vencer na era da informação. Isso é encarado por muitos como uma tarefa desafiadora.
Quando a função é levada para o digital, ela se torna ainda mais complexa principalmente pelo menor controle do grupo, pois o convívio se resume a reuniões on-line, mensagens e e-mails. Ou seja, fica mais impessoal e distante.
Para o CEO da Mindsight, Thaylan Toth, é preciso ter empatia e um toque de assincronia com os contratados. “Na atuação remota, precisamos saber e lembrar: as pessoas não estão disponíveis o tempo todo. Afinal, uma das principais vantagens utilizadas para vender esse modelo é a flexibilidade. Logo, é necessário garantir isso”, enfatiza.
Por isso, as principais dificuldades dos administradores durante o isolamento são manter o time alinhado, com boa comunicação e garantir o equilíbrio entre a produtividade e a cobrança. “Compartilhe saberes importantes. Às vezes, falar demais também pode ser um problema. Portanto, diferencie o crucial”, comenta Toth.
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E então, em quanto tempo está pronto para assumir essa função?
