Um relacionamento envolve dois lados de uma só moeda. Ele é construído com o auxílio de todos os envolvidos, de modo a sempre, nos casos saudáveis, levar em conta os desejos, opiniões e gostos de cada indivíduo. Apesar da interação ser a grande constituinte de um bom convívio, essa também pode ser o motivo do fracasso do mesmo.
Relações de trabalho
Em relação às relações necessárias nos ambientes de trabalho, elas podem, facilmente, gerar problemas para funcionários e líderes. Segundo a gestora de carreiras, Madalena Feliciano, “nas empresas, principalmente tendo em vista um momento de pandemia, no qual a comunicação se tornou essencial no home office, as conexões entre colaboradores podem ser difíceis e ocasionar discussões ou ainda outros prejuízos mais sérios”.
Um bom exemplo a ser seguido no ambiente corporativo
Para Larissa Campos, estudante de contabilidade no Rio de Janeiro, ter uma boa experiência com seus companheiros, tanto na faculdade, quanto em seu estágio faz a diferença. “Comigo não tem tempo ruim. Esse negócio de complicar as relações só me prejudicaria”, compartilha.
Capacitar, portanto, cada colaborador, para ele conseguir ter boas trocas de comunicação entre seus colegas é essencial. “Com as populares soft skills, as organizações têm a possibilidade de desenvolver características comportamentais em cada indivíduo por meio de treinamentos e palestras”, explica a gestora.
Esforços necessários de ambas partes
Todavia, essas habilidades interpessoais exigem esforços tanto da parte da companhia, quanto do próprio colaborador. Treinar essas características não promete somente capacitar os times a conseguirem se portar com mais inteligência emocional, mas também traz à instituição uma grande vantagem: equipes competentes, capazes e leais, as quais, antes de tudo, são boas pessoas.
Uma pesquisa realizada pela Manpower Group com 26 mil empregadores em 43 países, indicou como um terço das corporações estão investindo nesse aspecto com suas staffs. No Brasil, o percentual é de 43% de entidades preocupadas com a implementação de estratégias acerca desse tema.
Desafios quanto a isso
Para Madalena, “treinar as soft skills, apesar de ser importante, pode ser muito desafiador e trabalhoso, porque envolve não apenas o investimento, mas a dependência da vontade de outras pessoas”. Ter qualidades responsáveis por facilitar os relacionamentos é essencial, mas como?
A gestora explica como “nesse tipo de capacitação, são trabalhadas questões como empatia, flexibilidade, modos de trabalho - sob pressão, em grupo -, liderança... Todas essas moldam os talentos e, consequentemente, todo o empreendimento”. Por meio de um gerenciamento de tempo, hábitos e modos comuns de se portar, a equipe consegue ter êxito nessa tarefa.
Conhecimento da cultura organizacional
Para esse desenvolvimento pessoal ser feito com sucesso, é necessário para as lideranças mudar o ponto de vista. “Antes de entender o rumo, é preciso compreender a sua própria cultura e modos operantes dentro da própria sede. Conhecer os valores, as crenças e as atitudes padrões é o primeiro passo antes de iniciar o treinamento”, afirma a gestora.
Por último, essa tática precisa, obrigatoriamente, despertar interesse. “As partes precisam ter vontade de se autoconhecer. Para promover isso, essas skills devem ser além de apenas um tempo desperdiçado na frente do computador. É vital promover interesse e atividades práticas”, finaliza a especialista.