As incertezas acompanham a pandemia do novo coronavírus e trouxeram alguns questionamentos relacionados à forma de como as instituições de ensino têm ministrado suas aulas. Na grande maioria dos casos, a opção encontrada para suavizar os impactos no sistema é a do recurso de Ensino a Distância (EAD). Com aproximadamente 7,1 milhões de alunos matriculados, o recurso foi crucial para enfrentar o período de isolamento social e quarentena.
Alternativa confiável para o momento atual
“O Ensino a Distância é uma opção segura. Conforme um estudo realizado pela consultoria SRI International, alunos desse sistema apresentavam resultados mais expressivos em relação aos praticantes da modalidade presencial. Muitos fatores podem ter contribuído para esse resultado, como o fato do EAD trazer recursos para o aprendizado colaborativo”, esclarece Cristiane Marques, gerente do Instituto Pedagógico de Minas Gerais (Ipemig).
Cenário da educação com a Covid-19
O Ministério da Educação, em 18 de março, publicou a Portaria nº 343, autorizando a substituição de classes tradicionais por encontros virtuais. Aos poucos, entidades de ensino fundamental, médio e superior estão se adaptando e modificando o escopo para poderem apresentar o método. Essa mecânica pode ser um atributo ainda maior para o crescimento do EAD no Brasil, até porque o modelo já apresenta uma crescente.
Antes da crise, os números já cresciam
Em 2019, o Censo da Educação Superior, realizado pelo Inep/MEC, apontou como o EAD superou o número de matrículas do sistema de aulas presenciais, no nível superior. Segundo os dados revelaram, as graduações on-line cresceram mais de 5% e chegaram a marca de 7,1 milhões de matriculados.
Exemplo de quem aprende com a prática
Lucas Macedo já tinha se matriculado na modalidade semipresencial do curso de gestão de recursos humanos na Universidade Cruzeiro do Sul e, com a quarentena, seu rendimento não foi afetado. “Só sinto falta de ter nossos encontros, mas o aprendizado continua igual e isso me dá ainda mais gás para poder me dedicar”, conta.
Projeção aumenta
“Esse aumento no número de matrículas não é uma surpresa e ainda vejo o quadro expandir ainda mais. As medidas emergenciais tomadas com certeza comporão um certificado para comprovar o quanto o ensino a distância é exemplar. Fora isso, ainda são muitos benefícios financeiros, práticos e de otimização ofertados por essa possibilidade”, destaca Cristiane.
A opinião de Cristiane acompanha uma projeção apresentada em um estudo feito pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES). Para a entidade, a projeção é de até 2023 termos 2.276.774 matrículas novas em universidades e faculdades para a opção cibernética.
Portanto, considerar essa alternativa pode dar outras perspectivas para a sua jornada acadêmica. Você faz EAD? Está gostando de suas aulas a distância?