Grande parte dos universitários têm interesse em adquirir uma experiência internacional. Seja para o seu próprio desenvolvimento, como também para obter maior destaque em meio à competitividade, o desejo de realizar essa vivência é expressivo entre os mais novos.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Nube com quase 9 mil jovens, 73% deles nunca teve a chance de aprender com outras culturas, mas têm o interesse. Portanto, se você é um deles e quer entender como aumentar suas chances de chegar lá, é necessário analisar o seu bolso.
Segundo Fernanda Paiva, planejadora financeira pessoal na GFAI (uma instituição voltada à gestão de suas rendas), é fundamental colocar em um papel todos os gastos envolvidos com uma viagem, diretos e indiretos e de onde virá o recurso para atingir seus objetivos. “O orientador trabalha como um facilitador nesse processo e pode auxiliar na identificação de oportunidades para se poupar mais, como também a pensar nos melhores investimentos”, diz.
Para evitar imprevistos, então, traçar retas e estabelecer suas metas é imprescindível. “A mesma linha de raciocínio vale para a carreira como um todo. Se tivermos conhecimento profundo sobre nossos ganhos e gastos, é possível tomar decisões com maior convicção e colher resultados melhores em sua vida profissional”, ressalta.
Pensando nisso, a GFAI listou alguns passos para gerenciar melhor seu dinheiro e estar apto, de fato, a realizar um intercâmbio. São eles:
1. Compare destinos. Pesquise o melhor custo-benefício em relação ao local escolhido. Alguns países são mais caros, por isso, deixar a mente aberta para usufruir da melhor oportunidade disponível para o seu bolso, é uma boa opção.
2. Programe-se financeiramente. Esse passo é fundamental para juntar a quantia necessária. Também ajuda a verificar o fluxo de caixa, ou seja, para onde o dinheiro está indo.
3. Seja franco consigo. Tudo na vida é uma questão de elencar prioridades. Algumas pessoas demoram mais para alcançar objetivos porque não estão dispostas a abrir mão de coisas cotidianas, as quais ocupam uma boa parte das despesas mensais. Analise com franqueza para identificar os pontos fracos e fortes de sua gestão. Dessa forma, é mais fácil ficar alerta e ponderar de maneira racional, para decidir o quanto é possível poupar, baseado em evidências e não nas emoções.
4. Tenha disciplina. Seguir sua programação pode ser uma das tarefas mais difíceis do processo, mas com certeza é a mais recompensadora. Essa medida impede o calor do momento de uma compra ou um dia estressante, por exemplo, atrapalhem seus planos.
5. Acompanhe o câmbio. Fazer o controle das taxas internacionais é essencial para obter uma reserva para gastar durante a viagem. Definida a data da jornada, é recomendado ter um cartão internacional. Com ele, é possível guardar pequenas quantias na moeda do país de destino e aproveitar as melhores condições.
Luiza Leme é estagiária em Campinas e teve essa vivência nos Estados Unidos, pela Purdue University Northwest e pelo Illinois Institute of Technology. Ela conseguiu uma bolsa pelo programa Ciência sem Fronteiras e, portanto, sua maior dificuldade foi a burocracia relacionada à conquista da vaga.
Entretanto, a universitária ressalta: “apesar de receber uma ajuda de custo, moradia e alimentação durante esse tempo, precisei ser regrada. Guardei uma quantia para arcar com roupas e mantimentos adequados para o inverno rigoroso, como também para possíveis gastos com os serviços de saúde”, conta.
Por isso, se atentar a essas dicas pode facilitar - e muito - essa conquista profissional e acadêmica. O Nube torce por você. Boa sorte!