Nos dias atuais, muito se tem discutido sobre as profissões ameaçadas de desaparecer em algumas décadas, por conta da tecnologia. Uma pesquisa realizada recentemente pelo myForesight aponta o risco de extinção de empregos em algum tempo. O levantamento foi realizado a partir de dados de um estudo da Deloitte nos Estados Unidos, da Universidade de Oxford e do Planet Money.
De acordo com a análise feita pelos institutos, algumas áreas apresentam risco altíssimo de extinção, como é o caso dos motoristas de ônibus, manicures, pintores, atendentes dos Correios, profissionais de telemarketing, telefonistas, garçons, operadores de máquinas de embalagens, de serviços de manutenção de estradas, montadores, guias turísticos, agentes de viagens, vendedores de seguros, além de contadores, corretores e cartógrafos.
Contudo, segundo o carioca Marcelo Martins da Fonseca, sócio da empresa Dex Advisors e especialista em organizações de Auditoria e Consultoria, a hipótese, em alguns casos, é remota. “Naturalmente, diversos segmentos vivem em constante evolução e certas atividades acabam sendo realizadas de forma automática pelos eficientes sistemas de gestão integradas. Porém, discordo veementemente do fato dessas funções correrem o risco de sumir. Algumas ocupações se destacarão por serem baseadas em habilidades criativas”, destaca.
Ele exemplifica com algumas tarefas atualmente desempenhadas pelo contador. “Lidar com uma operação complexa, como uma combinação de negócios, analisar todos os atos societários, laudos de avaliação e demais documentos de suporte, para, ao final, concluir acertadamente sobre seus impactos contábeis e definir quais são as consequências fiscais da transação”, entre outras, são funções, cujo processo não pode ser feito de forma diferente.
Cíntia Araújo é sócia da Grid Contabilidade, no Rio de Janeiro. Para ela, as novas ferramentas auxiliam na rapidez e eficácia no atendimento ao cliente. “Aproveito para armazenar as informações em meios digitais e isso proporciona, além da agilidade, uma economia de papel e tempo”, conta. Na visão dela, no mercado atual é preciso organizar o futuro baseado em indicadores confiáveis. “Para atender essa demanda, nós do meio contábil devemos cada vez mais simplificar a rotina, automatizando os processos com sistemas modernos e nos mantendo atualizados de todas as novas tendências”, avalia. Assim, em sua opinião, o advento da tecnologia tem eliminado somente as tarefas dispensáveis, permitindo dedicação adicional a outros pontos e garantindo o cumprimento de prazos.
Segundo Fonseca, a inteligência artificial potencializará a humana. “A primeira, certamente, transformará todas os ramos, mas de forma positiva, tornando-os mais eficazes, substituindo o trabalho repetitivo e permitindo gastar o tempo, despendido em certas atividades, com novas soluções”, afirma. Assim, para nós, ficará uma maior valorização da criatividade!
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