Apesar dos diversos movimentos pela igualdade de gênero ao redor do mundo, muitas organizações ainda estão longe de adotar ou compreender a importância da diversidade, tanto para ascender nos lucros, quanto para a criação de valor. Assim revela uma pesquisa recente, realizada pela consultoria McKinsey. Saiba mais!
Os dados do estudo, realizado com mais de mil empresas em 12 países do mundo, demonstram: ter mulheres em cargos de liderança aumenta em 21% as chances de uma corporação ter desempenho financeiro acima da média. O levantamento anterior, de 2014, já apontava o fato do sexo feminino melhorar em 15% esse índice. Apesar desse modesto crescimento, ainda há muito a se fazer em termos de valorização, bem como na equiparação salarial.
Como as companhias têm atuado para mudar esse cenário? Liliane Rocha, CEO e fundadora da Gestão Kairós e autora do livro “Como ser um líder inclusivo”, em suas consultorias, vêm apoiando empreendimentos a enxergarem os benefícios de estarem abertos ao tema. “Segundo Estatísticas de Gênero 2014, do IBGE, a renda média das brasileiras correspondia a cerca de 68% do ganho dos homens. As moças também representam 60% do contingente de graduandos. Logo, se continuarmos no ritmo atual, a tão almejada igualdade de salários chegará somente em 2095”, explica.
Em palestra para a ABRH – RJ (Associação Brasileira de Recursos Humanos), a professora do Ibmec e da FGV, Silvana Andrade afirmou: “um dos principais motivos para a disparidade é a cultura sexista ainda muito presente na sociedade brasileira, a qual resulta em discriminação”. Prova disso, são as informações atualizadas da União Interparlamentar, sobre os números na política. Entre 189 países, o Brasil está no 129º lugar em participação feminina. Nossas tupiniquins ocupam 8,6% da Câmara dos Deputados. No Senado 16%. Nas 500 maiores empresas daqui, só 33% do quadro de colaboradores é composto por profissionais mulheres e quando se fala em cargos de liderança, o índice cai para 13% ou 14%. “Temos avançado, mas ainda há um longo caminho a percorrer”, explica Liliane.
A mudança é feita a cada dia e, você, está fazendo sua parte?