Participar de uma entrevista é um momento crucial e causa medo em diversos candidatos. Para entender mais sobre o tema, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios fez uma pesquisa e perguntou: “qual a sua maior dificuldade em uma entrevista de emprego ou estágio?”. Com dados coletados entre os dias 12 e 23 de setembro, o levantamento contou com a participação de 21.468 respondentes, de 15 a 29 anos de idade.
Fator emocional é o maior dificultador nas entrevistas
A maior parte dos jovens, 41,26% (8.858) citaram a dificuldade em controlar a ansiedade e o nervosismo como o principal empecilho. Para a selecionadora do Nube, Vitoria Ribeiro, não existe uma fórmula mágica para manter a calma nessas ocasiões. “Esse sentimento é natural, mas pode impactar negativamente no desempenho. Estar preparado já auxilia bastante, ou seja, conhecer um pouco sobre a empresa, o cargo e os planos para a carreira, trará mais confiança. Além disso, é importante respirar, inspirar pelo nariz e expirar pela boca. Parece simples, mas ajuda a se comunicar melhor. Isso deve ser feito antes da conversa e, se necessário durante, nos períodos de pausa. Essa prática traz mais segurança e clareza”.
Muitos não conseguem expressar sua capacidade em uma conversa
Por outro lado, 26,61% (5.713) não sabem como demonstrar suas competências nesse simples diálogo. De acordo com a especialista, essa é a hora de “vender seu peixe”. “É possível demonstrar as habilidades contando a história acadêmica e profissional focando principalmente em situações de destaque e êxito, como desafios solucionados em trabalhos em grupo, ideias de melhoria propostas e implementadas, entre outros. É fundamental trabalhar a objetividade para ser assertivo na hora de contar essas situações, deixando claro o potencial sem se estender muito”, destaca.
Como falar meus pontos fortes e fracos?
Essa foi a alternativa escolhida por 18,61% (3.996). No entanto, como lidar com essa pergunta tão comum? “Essa questão envolve o nível de autoconhecimento do aspirante. Por isso, é preciso ser honesto e não dar respostas vagas como proativo, perfeccionista e comunicativo. A pessoa deve buscar em seus comportamentos quais características podem agregar à corporação e explicar os motivos para ser escolhida. Em relação aos pontos de melhoria, o indicado é pensar em suas limitações e ao mesmo tempo contar como lida com esse aspecto para não afetar na produtividade. Não existe certo e errado”.
Alguns consideram o tempo curto para falar sobre si
Já 8,04% (1.725) não sabem como falar de si naquele curto espaço de tempo. Para a selecionadora do Nube, não é necessário contar tudo nesse primeiro contato. “Antes da seleção, é interessante avaliar quais são as vivências determinantes para a oportunidade oferecida, algum trabalho voluntário ou acadêmico e como contribuíram para sua formação. É preciso filtrar as informações imprescindíveis para aquele instante, usando-as a seu favor e compartilhando as partes mais relevantes de sua trajetória”.
Ainda tem quem não sabe como demonstrar o interesse pela vaga
Para 5,48% dos entrevistados (1.176), não é fácil mostrar ao recrutador o tamanho da vontade de ingressar naquela vaga. Para isso, a especialista alerta: “é essencial ser honesto e entender internamente o motivo do interesse por aquele posto. Pode estudar um pouco as atividades e decifrar porque elas despertam algum interesse, ou seja, qual parte naquela rotina chama a atenção? Se imagina ali daqui vários anos? Teria satisfação profissional? Respondendo essas perguntas a si mesmo, ficará mais fácil de pontuar ao selecionador”, finaliza.