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O otimismo para o próximo ano começa a se manifestar com intensidade para a sociedade como um todo, inclusive no contexto corporativo. Entretanto, desde quando o coronavírus pegou o mundo de surpresa, muita coisa mudou, e para entender o impacto do trabalho a distância, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios, fez uma pesquisa com 16.060 jovens de 15 a 29 anos e perguntou: “o home office continuará mesmo após o fim do isolamento social?”.

No ar entre 15 e 26 de novembro de 2021, o estudo revelou um interesse da juventude em permanecer em casa. Para quase 66,3% dos entrevistados, ou 10.646, esse irá se manter como modelo padrão nas companhias, porque rendeu bons resultados de produtividade e permite ao colaborador atuar de qualquer lugar sem prejuízos ao rendimento.

Para Yolanda Brandão, gerente de treinamentos do Nube, a pandemia acelerou as mudanças, mas de forma paulatina. “Contudo, apesar de muitas empresas já adotarem a modalidade antes mesmo da crise sanitária do Covid-19 no Brasil, poucas haviam passado pela experiência da maior parte do time remoto e estendido para vários cargos. Essa transformação ocorreu, inclusive, para quem está em início de carreira, demandando maior acompanhamento, como estagiários e aprendizes”.

Passado o susto causado pela transição inesperada, se percebeu como a entrega das atividades foi mantida na maior parte dos casos e foram encontrados meios para gerir e desenvolver equipes à distância. “Sobretudo para os moradores dos grandes centros, eliminou as horas perdidas no trânsito e longos deslocamentos, trazendo economia de tempo e dinheiro”, comenta a especialista.

Assim, para aproveitar ao máximo desse formato, criar uma rotina tende a ser positivo para a maioria das pessoas. “Separar os momentos do dia para alimentar-se adequadamente e descansar também deve ser previsto no home office. Além disso, encontrar, se possível, um local adequado, silencioso, com móveis confortáveis garante a melhor experiência”.

Cerca de 25,1% (4.024) acreditam na prevalência do estilo híbrido, ou seja, parte dos dias no escritório, outros no lar. “Esse formato vem ao encontro das expectativas dos profissionais de maior flexibilidade e qualidade de vida, mais horas no lar e com a família”, complementa Yolanda.

Apenas 8,6% (1.390) dos respondentes nadam contra a maré e não enxergam assertividade na atuação à distância: 857 veem o teletrabalho como uma alternativa apenas durante a crise e os outros 533 percebem mais eficiência na permanência presencial. “O trabalho híbrido parece ser uma tendência a se consolidar, embora em algumas ocupações e negócios o tipo tradicional continuará sendo necessário”, aponta.

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