A crise econômica provocada pela pandemia dificultou ainda mais a inserção de recém-formados no mercado de trabalho. Uma pesquisa realizada com exclusividade para o Valor pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) com 8.465 pessoas de todos os Estados formadas entre o fim de 2019 e de 2020 mostrou que apenas 14,87% delas conseguiram trabalho na área de atuação em até três meses de formados. Em pesquisa anterior, que contemplou o período de 2014/2018, a parcela era de 27,02%.
O estudo mostrou ainda que apenas um quinto (19,93%) estava ocupado em posições ligadas aos cursos de formação, enquanto 27,95% estavam em outras vagas. Os demais não estavam trabalhando. Na edição anterior da pesquisa 36,94% trabalhavam na área, enquanto a parcela dos que ocupavam outras posições era de 20,68%. O percentual dos que não estavam trabalhando também foi inferior na época (42,38%).
Com pouca experiência profissional, jovens tendem a enfrentar mais obstáculos no mercado. Na crise, as dificuldades aumentam e é cada vez maior a parcela dos que ficam de fora do mercado ou precisam se adequar e aceitar posições distantes daquelas com que investiram nos últimos anos, tanto no pagamento da faculdade — no caso das privadas —, mas também em tempo e dedicação. A taxa de desemprego entre pessoas de 18 a 24 anos era de 29,8% no quarto trimestre de 2020, mais que o dobro da taxa média (13,9%).
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