Oitocentas vagas de estágio para atuação em Belo Horizonte estão abertas no Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). No interior de Minas Gerais, outros 500 postos também estão disponíveis. As oportunidades são para três níveis de escolaridade: médio, técnico e superior.
Conforme o superintendente-adjunto do CIEE, Kleber Colomarte, concorrer é muito fácil e o processo é totalmente gratuito. "O estudante tem que entrar no site cieemg.org.br, fazer o cadastro e preencher os dados solicitados. Depois deste passo, o aluno já consegue ter acesso às vagas", explicou.
Quanto mais completo o perfil preenchido pelo candidato, maior a chance de conseguir a vaga, destaca Colomarte. "Nosso objetivo é ajudar o estudante e, antes de encaminha-lo para a vaga, ainda orientamos como proceder no emprego. Fazemos a preparação do estudante porque, muitas vezes, o estágio é o primeiro contato profissional da pessoa", declarou.
Processos
O CIEE traça um perfil completo da vaga para ser assertivo na indicação do estagiário e, assim, garantir a permanência do estudante da empresa. "Um especialista identifica todas as atividades que o estagiário terá que fazer na empresa, inclusive para saber se vai precisar de uma pessoa mais comunicativa ou que more perto, por exemplo", disse.
Depois, o CIEE analisa as características pessoais dos candidatos e identifica aquele que melhor se encaixa na vaga. "Buscamos um candidato ideal que a empresa está procurando. Encaminhamos, em média, três estudantes para que a empresa selecione". Após a escolha, o CIEE também auxilia no processo de contratação e no acompanhamento do cumprimento das férias e outras questões burocráticas.
Procura x remuneração
Atualmente, os cursos mais procurados pelas empresas são administração, direito, pedagogia, comunicação social e os ligados à tecnologia e engenharias, como elétrica, mecânica, civil e telecomunicações. Para os ensinos médio e técnico, conforme o CIEE, as maiores demandas são para técnicos em administração, logística e enfermagem.
A remuneração varia de acordo com o tipo de estágio e a empregadora. Em média, conforme o superintendente-adjunto do CIEE, um estudante do ensino superior recebe bolsa-auxílio de um salário mínimo. Já os alunos do ensino técnico ganham meio salário-mínimo. "Mas tem empresas, por exemplo, que pagam R$ 2.500 para estudantes do curso de administração. Esse valor pode variar muito", explicou.
A legislação brasileira não fixa um valor para o pagamento da bolsa-auxílio, mas impõe algumas regras que devem ser obedecidas. Dentre elas sobre a carga-horária de trabalho do estagiário, que não pode ultrapassar as 6h diárias para estudantes da educação níveis médio, técnico e superior.
Cadastro
Para concorrer às vagas, o estudante deve acessar o portal do CIEE-MG e preencher os dados pessoais, como RG, CPF, escolaridade e endereço residencial. Também é feita uma descrição da a capacidade profissional do estudante. A cada semestre, é recomendado que o estudante atualize os dados cadastrais, principalmente se houver alterações nos endereços de e-mail e residência ou número de telefone.
Unidades do CIEE
Além da capital mineira, o CIEE possui unidades em 18 cidades. São elas: Contagem, Divinópolis, Sete Lagoas, Governador Valadares, Ipatinga, Montes Claros, Varginha, Pouso Alegre, Juiz de Fora, Barbacena, Leopoldina, Uberaba e Uberlândia.
Vagas no Nube
Levantamento do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) apontou que entre agosto e setembro deste ano serão abertas 24,5 mil oportunidades para os estudantes que buscam uma colocação no mercado de trabalho. As vagas são para todo o país, e o Nube não soube informar quantos postos estão previstos para serem disponíveis em Minas Gerais.
No Brasil, os universitários terão 20,2 mil vagas, número 9,2% superior em relação a 2018. Já para os outros estudantes, serão 4,3 mil, com um aumento de 7,5%. "Principalmente quem busca a primeira experiência profissional deve entender os benefícios de procurar um estágio para a construção da carreira. Esse é o melhor jeito de conciliar o conteúdo aplicado em sala de aula com a prática do universo empresarial", aponta Carlos Henrique Mencaci, presidente do Nube.