No passado, era comum ver famílias grandes, com diversos tios, primos e irmãos. Afinal, um casal costumava ter em média seis filhos ou mais. Com a mudança cultural e migração para a cidade, esse hábito se perdeu. Segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, entre 2012 e 2016, enquanto o grupo de idosos cresceu 16%, o de crianças caiu 6,7%. Ou seja, menos nascimentos estão acontecendo. Pensando nessa realidade, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios fez uma pesquisa com a seguinte questão: "você pretende ter filhos?". O resultado apontou equilíbrio por parte dos jovens.
"O estudo ocorreu entre 16 e 27 de julho e contou com a participação de 41.389 pessoas. A faixa etária analisada foi de 15 a 26 anos, em todo território nacional. Apesar de 57,97% afirmarem a vontade de ter descendentes, uma parcela "não pretende passar pela experiência mais de uma vez. Logo, 48,96%, ou 20.264 participantes, disseram: "sim, eles dão sentido à vida", mas outros 9,28% (3.839) asseguraram: "almejo no máximo um, pois é muito caro".
"Para a analista de treinamento do Nube, Nicole Tavares, os dados refletem uma característica das Gerações Y e Z, as quais têm como principal valor a autorrealização e o equilíbrio entre a esfera pessoal e a profissional. "Eles não mais priorizam a carreira em detrimento do bem-estar. Porém, têm a ânsia humana de criar vínculos e de reproduzir, não apenas como necessidade biológica, mas emocional", assegura. Quanto ao dinheiro gasto, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Dsop de Educação Financeira, em média, 40% do orçamento total de uma família, com duas pessoas no papel de responsável, é disponibilizado para o bebê. "Contudo, se essa transformação será considerada extravagante ou não, dependerá de alguns fatores, como o estilo de vida, por exemplo", comenta.