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De acordo com uma pesquisa realizada pela Recovery, empresa de recuperação de créditos em atraso, um a cada três brasileiros afirma estar inadimplente por conta de descontrole financeiro. Pensando nisso, separamos sete dicas essenciais para o planejamento de gastos. O hábito vai impactar inclusive em suas atividades no estágio ou aprendizagem.

Grande parte das pessoas entra em uma bola de neve de dívidas, sem nem perceber. Levando em conta esse cenário, a consultora, Elaine Toledo, selecionou alguns passos, presentes também em seu livro “A Herança”.

É preciso desejar: já diz o ditado ‘quem quer arruma um jeito, quem não quer, arranja uma desculpa’. Quando almejamos de fato, superamos as dificuldades e limitações. Portanto, antes de comprar algo pense: eu realmente necessito disso agora?

Anote: diariamente, num bloquinho ou no próprio celular, insira o valor consumido e subtraia a quantia de imediato da conta, para não se enganar.

Planilhas são amigas: semanalmente, passe os dados para o computador. Unifique o controle anual e mantenha uma planilha resumo.

Organize-se: estipule o valor máximo para cada despesa. Se necessário, mude de atitude e faça novas escolhas para ajustar o orçamento.

Reflita: programe quais coisas deseja fazer com seu dinheiro no mês seguinte.

Poupe: crie o hábito de guardar mensalmente, mesmo em pequenas quantias.

Pesquise: planeje, vá atrás preço e qualidade, busque informações sobre o fornecedor e prefira adquirir bens sempre à vista.

Histórias de pessoas endividadas não faltam. O estoquista Rafael Dias, hoje com 22 anos, conta ter iniciado positivamente seu trato com o dinheiro, porém, se perdeu conforme a remuneração aumentava. “Ganhava R$ 800,00 no meu emprego e tinha total controle, até separava um pouquinho. Quando eu comecei o meu estágio, a história mudou um pouco. Passei a ganhar R$ 1.200,00 e, logo no segundo mês, comprei uma guitarra de R$ 3.200,00, em 12 vezes. Pagava corretamente até a 5ª parcela, quando me descontrolei e fui para o cheque especial”, conta. Ele diz ter vivido por dois anos contando com esse recurso, sempre devendo além do possível. “Há um ano, minha namorada me aconselhou a parcelar minha dívida e colocar, a partir de então, tudo na ponta do lápis. Ainda dou umas escorregadas, mas aprendi a gerenciar um pouco melhor as finanças”, comenta animado.

Yannes Meneguelli, gerente de negócios, também passou por uma situação crítica com apenas 21 anos. “Eu era muito consumista e cheguei a ficar devendo R$ 90 mil em cartões. Depois disso, tive de fazer contas para não me afundar mais ainda. Então, para tudo eu tinta de fazer cálculos e deixei de adquirir besteiras”, revela o jovem, hoje com 26 anos.

Já a assistente de RH, Ana Guimarães, sempre analisou seus recursos, para atingir seus objetivos. “Vejo quais demandas são excedentes, quais são mensais e mensuráveis, tenho alguns custos fixos, os quais sempre estarão no meu orçamento. Passei a dividir assim meu salário e também tiro parte dele para metas a longo prazo. É mais fácil de agir, quando você tem um gasto fixo mensal”.

E você, como se organiza? Segundo a União dos Profissionais e Escritórios de Contabilidade do Rio de Janeiro, uma boa dica é reservar uma quantia de segurança, para cobrir eventuais custos, de forma a evitar os juros ao máximo.

Lembre-se: dívidas geram estresse e acabam afetando tanto sua vida pessoal, quanto profissional, cuja produtividade cai e você passa a ter menos paciência com possíveis desafios e problemas. Portanto, repense sua postura e trabalhe para não ficar no vermelho.

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