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O primeiro “herdeiro” de Karl Marx a compreender o vácuo deixado pelo “Capital” foi Antonio Gramsci. Gramsci é uma das principais referências do pensamento de esquerda até hoje.

Embora fosse comprometido com o projeto político-ideológico que deveria culminar com uma revolução proletária, Gramsci distinguia-se de seus pares por acreditar que a revolução só seria possível após uma profunda mudança de mentalidade. Para ele, os principais agentes dessa mudança seriam os intelectuais e um dos seus instrumentos mais importantes, a escola.

Ao contrário da maioria dos teóricos que se dedicaram à interpretação eà continuidade do trabalho intelectual do filósofo alemão Karl Marx (1818-1883), que concentraram suas análises nas relações entre política e economia, Gramsci deteve-se particularmente no papel da cultura e dos intelectuais nos processos de transformação histórica. Suas ideias sobre educação surgem desse contexto.

Gramsci propôs a chamada Elevação Cultural das Massas, ou seja, livrá-las de uma visão de mundo que, por se assentar em preconceitos e tabus, predispõe àinteriorização acrítica da ideologia das classes dominantes.

Mas como isso se aplica ao Brasil? O atual modelo educacional brasileiro foi proposto por Paulo Freire, patrono da educação brasileira (via decreto de 2012) e membro fundador do Partido dos Trabalhadores (PT). Freire sempre foi assumidamente marxista, com obra tão influenciada por Gramsci, que chega a ser um complemento à do italiano.

Paulo Freire aprofunda o pensamento de Gramsci, complementando a noção de hegemonia na perspectiva de transformação e autonomia do povo como contra hegemonia. Além disso, Paulo Freire amplia o conceito de classe, passando de proletários ao que ele chama de esfarrapados, a quem ele inclusive dedica seu mais famoso livro, Pedagogia do Oprimido.

Os esfarrapados para Freire são os sem-terra, os desempregados, os sem-teto. Os esfarrapados estão excluídos do sistema, mas são tão ou mais oprimidos que os próprios proletários à que Marx se referia.

Com base nisso, Freire persegue a construção de um método de emancipação do povo por si mesmo. A libertação, segundo ele, éproporcionar o desvelamento da própria realidade, que sótem sentido se o objetivo for transformá-lo.

Somente pelo fortalecimento coletivo e autônomo o povo é capaz de romper as amarras da opressão que lhes é imposta. Nesse ponto, as ideias de Gramsci e Paulo Freire se sobrepõem, pois todo o trabalho que Freire busca esmiuçar ébasicamente o conceito que Gramsci apresentara de “catarse”: a transformação do indivíduo passivo e dominado pelas estruturas econômicas em sujeito ativo e socializado capaz de tomar iniciativa e se impor com um projeto próprio de sociedade.

Desde que assumiu o poder em 2003 o PT tem aplicado o método Paulo Freire no ensino brasileiro. Mas então por que o ensino público tem se deteriorado a cada dia na Pátria Educadora? Durante o discurso de posse do segundo mandato, Dilma proferiu a seguinte mentira:

“O novo lema do meu governo, simples direto e mobilizador, reflete com clareza qual será nossa prioridade, e sinaliza para qual setor seve convergir nossos esforços. Trata-se de emblema com duplo significado. Estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades, mas também que devemos buscar em todas as ações de governo um sentido formador”.

Entretanto, após 13 anos a situação é um tanto… apocalíptica. Atualmente 95% dos nossos alunos saem do ensino médio sem conhecimentos básicos em matemática, quase 40% dos universitários são analfabetos funcionais e 78,5% dos estudantes brasileiros finalizam o ensino médio sem conhecimentos adequados em língua portuguesa.

Em resumo: enfiamos mais de 42 milhões de crianças e adolescentes em escolas públicas, a um custo nababesco, mas ensinamos muito pouco.

Se você ainda está cético, segundo dados do Prova Brasil, 55% dos professores brasileiros dizem possuir pouco contato com a leitura. Além disso, uma pesquisa feita pela OCDE aponta que eles perdem, em média, 20% das suas aulas lidando com bagunça em sala de aula.

Por fim, segundo o Núcleo Brasileiro de Estágio – Nube, quatro em cada 10 universitários são barrados em seleções para estágio por causa de erros de ortografia – os estudantes de Pedagogia lideram entre os piores índices.

Fonte: http://homemculto.com/2016/01/31/por-que-a-esquerda-se-importa-tanto-com-a-educacao/

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