O Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) realizou uma pesquisa com 6.643 pessoas para saber a maior dificuldade delas no ambiente profissional. O resultado revela as inseguranças dos jovens.
Entre as opções, seguir regras e horários (11,6%), obedecer uma hierarquia (13,6%) e trabalhar em equipe (14,4%) ocuparam o mesmo patamar estatístico. "Desde a escola, os alunos têm sido orientados quanto à importância da disciplina, do respeito e do espírito coletivista, seja na vida ou na própria trajetória profissional”, analisa a coordenadora de treinamento do Nube, Eva Buscoff. “Com isso, os valores do trabalho integrado, da obediência ao chefe e da organização quanto às normas gerais de uma empresa são assimilados sem grandes contratempos pelo brasileiro”, explica.
No aspecto do marketing pessoal, as restrições são grandes em relação ao vestuário - 1.776 entrevistados (26,5%) alegaram complicações quanto a “usar uma vestimenta adequada”. Segundo Eva, o apego à moda e às roupas típicas de eventos sociais ou mais “descolados” gera tal problema.
“É corriqueiro observamos em processos seletivos e no próprio dia a dia corporativo jovens trajando camisas ou calças incompatíveis com a seriedade exigida pelo ambiente no qual pretende desenvolver sua carreira”, comenta.
Para a coordenadora do Nube, “isso se dá pela variedade de opções, pelo dinamismo da moda e o costume da esfera pessoal, quando o próprio indivíduo cria sua opinião sobre a beleza dos trajes”.
Em primeiro lugar na pesquisa, a velocidade natural do mundo cibernético aparece como desafio até mesmo para as gerações recentes, acostumadas com boa parte das ferramentas virtuais. “Dominar novas tecnologias” ocupou a liderança, com 2.259 entrevistados (33,8%) relatando a dificuldade.
“Embora boa parte dos mais jovens conte com facilidades no aspecto on-line, quando chegam ao mercado percebem a real complexidade no uso de certos instrumentos, ocasionada pela rotatividade de aplicativos, programas e softwares, por exemplo, presentes em todas as carreiras quando analisamos a conjuntura atual”, diz.
“Independentemente do segmento profissional, é preciso dedicação e foco dos jovens para digerirem as novidades tecnológicas, pois assim terão sucesso ao converterem as evoluções da ciência em produtividade no trabalho”, conclui.