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Que a entrada dos jovens no mercado do trabalho é complicada todos sabem. No entanto, o que pode ser difícil de acreditar é que o maior dos muitos problemas – daqueles que causam insegurança – é o domínio de novas tecnologias.

Mas foi isso que a pesquisa do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) mostrou nas 6.643 realizadas com a pergunta "qual é a sua maior dificuldade no ambiente profissional?". 

“Dominar novas tecnologias” (33,8%)

A velocidade natural do mundo tecnológico aparece como desafio até mesmo para as gerações recentes que, em tese, já estão acostumadas e se adaptam com maior rapidez ao uso das ferramentas virtuais. “Embora boa parte dos mais novos conte com facilidades no aspecto on-line, quando chegam ao mercado percebem a real complexidade no uso de certos instrumentos, ocasionada pela rotatividade de aplicativos, programas e softwares, por exemplo, presentes em todas as carreiras quando analisamos a conjuntura atual”, pondera a coordenadora de treinamento do Nube, Eva Buscoff.

"É preciso dedicação e foco dos jovens para digerirem as novidades tecnológicas, pois assim terão sucesso ao converterem as evoluções da ciência em produtividade no trabalho”.

“Vestimenta adequada” (26,5%)

A segunda maior preocupação, co contrário da primeira, é velha conhecida dos jovens: a dificuldade em fazer o marketing pessoal, com a grande insegurança no que tange a que roupa vestir para trabalhar. Essa foi a resposta de 1.776 entrevistados.

Segundo Eva, o apego à moda e às roupas típicas de eventos sociais ou mais “descolados” gera tal problema. “É corriqueiro observamos em processos seletivos e no próprio dia-a-dia corporativo, jovens trajando camisas ou calças incompatíveis com a seriedade exigida pelo ambiente no qual pretende desenvolver sua carreira”.

Trabalhar em equipe (14,4%), obedecer a uma hierarquia (13,6%) e regras e horários (11,6%)

Os outros três aspectos tiveram percentuais parecidos, e estão muito ligados ao perfil das empresas e da formação escolar dos brasileiros. “Desde à escola, os alunos têm sido orientados quanto à importância da disciplina, do respeito e do espírito coletivista, seja na vida ou na própria trajetória profissional”, analisa a coordenadora.

“Com isso, os valores do trabalho integrado, da obediência ao chefe e da organização quanto às normas gerais de uma empresa são assimilados sem grandes contratempos pelo brasileiro”.

 

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