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O retorno foi, de certa forma, positivo, pois o ranking foi liderado por 69,61% preocupados com a saúde; resposta, “Sim, sempre”, foi a alternativa de 5.680 estudantes

O brasileiro é quem mais cedo inicia a vida sexual.


O método mais eficaz para prevenir diversas doenças sexualmente transmissíveis, foi tema da pesquisa realizada pelo Nube, Núcleo Brasileiro de Estágios, entre os dias 29 de setembro e 10 de outubro. Jovens entre 15 e 26 anos responderam à questão “Você usa preservativo?”. O resultado ainda preocupa.

O brasileiro é quem mais cedo inicia a vida sexual. Sendo assim, os anticonceptivos são distribuídos gratuitamente em diversas regiões, centralizadas em postos de saúde por todo o Brasil e podem ser utilizados para evitar gravidez não planejada, além de prevenir do contágio por doenças como a Aids (vírus HIV), hepatites e a sífilis, por exemplo. Por ser um assunto polêmico, 8.160 internautas participaram e deram sua opinião, baseados em seus relacionamentos.

O retorno foi, de certa forma, positivo, pois o ranking do Nube foi liderado por 69,61% preocupados com a saúde. A resposta, “Sim, sempre”, foi a alternativa de 5.680 estudantes.

Esse posicionamento reforça um levantamento feito pela Durex Global Face of Sex, em 37 países, onde o Brasil é o país com a maior proporção de uso de camisinhas na primeira relação sexual. 

De acordo com os dados, 76% dos tupiniquins usam preservativo na primeira vez, seguido por 75,5% dos gregos e 62,8% dos sul-coreanos. Já na Indonésia, esse índice é de apenas 27,6%.

Para Marcelo Cunha, analista de treinamento do Nube, há uma explicação para tal prudência: “É evidente o apelo em muitos segmentos para chamar a atenção do público, seja na venda de produtos, serviços, nos programas de televisão, em músicas etc. A mídia ajuda tanto na potencialização, quanto na conscientização de um ato seguro”. Em sua visão, “falar sobre sexualidade na escola, nas empresas ou nos veículos de comunicação, não significa incentivo à pratica sexual, mas sim de acesso à informação”.



A opção “Às vezes” ficou em segundo lugar, com 14,31% dos votos (1.168 pessoas). “Algumas ações por impulso, agravadas pelo uso de substâncias capazes de alterar a percepção, como álcool ou drogas, diminuem o crivo avaliativo. Outros, por optarem por diferentes métodos contraceptivos, se valem da confiança para decidir não usar preventivos”, enfatiza Marcelo.

Porém, algumas opiniões preocupam. Com 11,96% dos pontos, “Se eu confiar na pessoa, não uso” foi escolhida por 976 usuários. “Mesmo havendo confiança, não é indicado desconsiderar o método, pois também previne gestações indesejadas, sendo um aliado das pílulas e remédios anticoncepcionais”, reforça o especialista.

Em último colocado, com 4,12% (336), ficaram os negligentes, no tópico “Acho desnecessário”. “Uma análise pode responder os motivos desse posicionamento, pois achar a imunidade dispensável ou agir com descaso sobre a própria saúde ou a dos parceiros, é um grave desrespeito e falta de ética com seus pares”, ressalta Cunha.



A comunicação é o grande alicerce para a ciência sobre esse tema. Os pais devem ser os primeiros a orientar seus filhos, pois se esquivar das curiosas perguntas sobre sexo, obrigará os jovens a buscarem retorno em qualquer lugar e não há garantia sobre o teor das respostas.

“A educação sexual é necessária para o crescimento do ser humano, enquanto indivíduo, em razão de fortalecer as relações familiares, desenvolver e amadurecer casais e promover a dignidade e cidadania”, finaliza o especialista. Prevenir é sempre a melhor forma de preservar sua vida.

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