Um dos principais eventos esportivos do planeta chegou ao Brasil e com ele a insegurança da juventude brasileira. O Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios investigou o grau de confiança quanto ao legado da Copa, em aspectos como infraestrutura, melhora em serviços e lucros financeiros para o país. "Você acha que a Copa trará retorno para o Brasil?". O resultado da pergunta ilustra a opinião de 10.149 jovens, com idade entre 15 e 26 anos.
O tema, além de discutido por todos em rodas informais de conversa e nas redes sociais, é cobrado em diversos processos seletivos, por estar em evidência na mídia. Os números da pesquisa demonstram uma população insatisfeita com a gestão do torneio e consequentemente incrédula nas melhorias decorrentes do evento. A maioria dos participantes, 4.030, representando 39,71% do total, respondeu "Não, foram gastos indevidos", quanto à possibilidade de retorno de benefícios para a sociedade. Na sequência, com mais cautela, 2.728 (26,88%) disseram "Talvez, pois ainda é cedo para saber".
Na mesma linha pessimista inicial, outros 1.510 (14,88%) definiram o torneio como um equívoco e não confiam em ganhos produtivos. "Foi um erro para o país", alegaram. "Quando a imprensa coloca em xeque a credibilidade das obras e de toda a estrutura de organização da Copa, o jovem aflora o seu posicionamento crítico. Logo, é natural existir essa sensação questionadora", explica o analista de treinamento do Nube, Marcelo Correia.
Por fim, 1.360 (13,40%) responderam "sim, teremos visibilidade e lucro com turismo" e 521 (5,13%) "sim, mais infraestrutura e melhores serviços". Ou seja, o número de otimistas somou apenas 18,53%, Correia analisa: "ainda é incerto o legado da Copa. No entanto, apesar de tantas falhas de planejamento terem sido exaltadas, haverá troca de informações e intercâmbio cultural com a presença de estrangeiros, além das já avançadas reformas em rodovias, aeroportos e renovações no sistema de transportes. É preciso, mesmo em meio a inseguranças, fazermos a nossa parte e acreditarmos nas chances do Brasil crescer como potência mundial".